sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Bancários protestam contra proposta de independência do Banco Central

Preocupados com o futuro da economia brasileira, os bancários e outras categorias realizaram protesto, ontem, quinta-feira (02/10), contra uma possível independência do Banco Central.
 
“Não queremos a autonomia do BC. Hoje, um aumento de 0,5% da Selic equivale a R$ 11 bilhões entregues a seis empresas do sistema financeiro. Com a independência, o desenvolvimento brasileiro estará sob risco”, afirmou o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos. 
 
“Pela proposta, o BC será independente da nação, independente do povo brasileiro, mas totalmente dependente dos banqueiros”, acrescentou o vereador Everaldo Augusto. “Passar o controle do sistema financeiro para os banqueiros não tem nada de autonomia. É controle”, confirmou o deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB). 
 
Além do Sindicato dos Bancários da Bahia, participaram do evento o presidente estadual da CTB-BA, Aurino Pedreira, o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, e representantes do Sintracom, Metalúrgicos, Sindibeb, UJS, UNE, UBM e Unegro. 
 
Poder irrestrito 

As razões para ser contra a independência do Banco Central são das mais variadas e todas seguramente justificáveis. Uma das mais importantes é o elevado poder que seria dado à direção do banco para desenvolver políticas monetárias e cambiais sem qualquer interferência do governo. 
 
Em outras palavras, o processo que deveria ser conduzido por um representante eleito pelo povo, passaria a ser coordenado pelo BC. “Isso mexe com o conjunto da sociedade, principalmente do ponto de vista do emprego, já que o mercado passaria a regular a economia brasileira”, aponta o presidente da CTB, Aurino Pedreira. 
 
“O movimento sindical é contra a medida. A autonomia do BC é uma espécie de terceirização do governo”, diz o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza. 

Fonte: O Bancário

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