quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

AI-5, ato mais cruel, completou 45 anos

Ir às ruas protestar pela ampliação das melhorias no país é uma ferramenta utilizada por muitos jovens, que têm na lei a garantia da liberdade de expressão e do direito de ir e vir. Essa nova geração está 45 anos à frente do período político mais sombrio do Brasil. Quando todas as vozes que gritavam por democracia foram brutalmente caladas.
 
Em 13 de dezembro de 1968, ou seja, há exatamente 45 anos, o governo militar do General Costa e Silva, colocava em prática o famigerado Ato Institucional nº 5 (AI-5), redigido pelo então Ministro da Justiça, Luis Antônio da Gama e Silva. 
 
Além de fechar o Congresso Nacional, foi conferido poder ilimitado ao Executivo, inclusive a suspensão de direitos políticos de qualquer brasileiro. Mas, o legado mais desonroso da ditadura e intensificado nos 10 anos do AI-5, foi a tortura cometida contra aqueles que lutavam por liberdade e justiça. 
 
O DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), criado em 1969, órgão de inteligência do Exercito brasileiro foi responsável por investigar e combater os “inimigos” da nação. Entre os investigados, destaca-se a presidenta Dilma Rousseff, torturada nas dependências do centro.  
 
Os números do terror

A estimativa é de que durante a ditadura militar (1964-1985) 50 mil pessoas tenham sido detidas e 10 mil exiladas. No período, houve quatro condenações à morte (não consumadas), 4.862 cassações de mandatos e direitos políticos, 6.592 militares foram punidos e 245 estudantes foram expulsos das universidades. Os dados são da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, da Secretaria Especial de Direitos Humanos. 
 
Não há números precisos sobre mortos durante o regime. Mas, de acordo com o Centro de Documentação Eremias Delizoicov e a Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos, existem cerca de 400 assassinatos confirmados ligados à repressão.

Fonte: O Bancário

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