terça-feira, 24 de setembro de 2013

Em greve, bancários saem em passeata em diversos estados nesta terça-feira

Ainda sem a apresentação de uma proposta que atenda às reivindicações da categoria, bancários, que estão em greve há cinco dias, organizam nesta terça-feira (24) passeatas em diversos estados.
ctb se dia luta3

Em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte e Salvador, entre outras, bancários farão caminhadas pelas ruas da cidade para levar à população suas justas reivindicações.

Em greve desde a última quinta-feira (19), a categoria tem se deparado com a postura intransigente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que se nega a negociar um índice de reajuste que atenda as necessidades dos trabalhadores do setor.

Em Belo Horizonte a caminhada ocorre às 13h, pelas ruas do centro da cidade. Em São Paulo os trabalhadores se reúnem a partir das 16h, no vão livre do Masp, para sair em passeata pela avenida Paulista. A concentração de trabalhadores no Rio será a partir das 18h na Candelária, para caminhada da avenida Rio Branco até a Cinelândia.  Em Salvador, a passeata pelas ruas do centro de Salvador começa às 16h, na frente da entidade, nas Mercês. No Ceará, a passeata pelo Centro de Fortaleza tem início a partir das 17h, na Praça do Carmo.

Entre as principais reivindicações econômicas os trabalhadores estão aumento real de 5%, piso de R$ 2.860,21 e pagamento de três salários mais parcela fixa de R$ 5.553,15 para Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).

Um estudo do Dieese, com base no Censo 2010, aponta que 10% das pessoas mais ricas do Brasil têm renda média mensal 39 vezes maior que a das 10% mais pobres. Com base no Relatório Social da Febraban, o estudo mostra que no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,82 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 119,25 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 106,09 vezes.

Os trabalhadores também pedem mais contratações, combate às terceirizações e fim da cobrança pelo cumprimento de metas abusivas e assédio moral, entre outros. Após quatro rodadas de negociação a Fenaban apresentou como proposta a reposição da inflação, medida em 6,1% pelo INPC de setembro de 2012 a agosto de 2014.
Portal CTB

Nenhum comentário:

Postar um comentário