sábado, 8 de junho de 2013

A juventude não pode pagar pela violência no país, diz gestora

"Há um debate muito equivocado em torno da redução da idade penal. A conta da violência não pode ser cobrada da juventude, por isso somos contra a redução da idade penal", declarou Caroline Amanda, gestora do Projeto Cidadania Ativa do PDA Sampa/SUL, que trabalha na região do bairro Capão Redondo e Jardim Ângela de São Paulo. 

Joanne Mota e Toni C, da Rádio Vermelho em São Paulo


Segundo ela, a juventude, fundamentalmente a juventude pobre, preta e periférica, está recebendo o debate em torno da redução da idade penal de forma dividida tal como toda a sociedade. Ela destaca que muito desse posicionamento é por não avaliar quais serão os impactos que uma medida como essa poderá ocasionar.

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Por outro lado, Caroline aponta que a juventude organizada está atenta ao debate e tem total entendimento do que significa reduzir a idade penal. "Os setores organizados da sociedade entendem que a redução não é interessante e nem trará beneficio efetivo para a comunidade".

Sobre o argumento de que reduzindo combateremos a criminalidade, a gestora destaca que isso é uma falácia e cita como exmeplo a realidade de São Paulo. 

"Em 2012, São Paulo foi palco de mais de cinco mil mortes, 547 delas comprovadamente por letalidade policial, e se olharmos para quantos destes crimes foram cometidos por jovens menores, ele está muito próximo do zero. Ou seja, os dados da violência tem nome e endereço, cabe ao Estado garantir que os verdadeito culpados sejam punidos", explicou Caroline, que também compõem a frente de luta que apresenta da campanha 18 Razões para a Não Redução da Maioridade Penal.

Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho:


Especial sobre Maioridade Penal no Brasil 

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