quinta-feira, 14 de março de 2013

Manifestação contra cobrança de pedágios na BR 101 em Itabuna



O Movimento Contra a Privatização e Cobrança de Pedágios na BR 101 realizou ontem, 13 de março, na praça Adami, a primeira manifestação de rua e contou com apoio de entidades sindicais, lideranças comunitárias e políticas. Com discursos, entrega de panfletos e adesivos, o ato alertou a população sobre o projeto de privatização pretendido pelo governo federal.
Houve distribuição de panfletos aos motoristas e transeuntes durante a manifestação
Durante o mês de março, abril e maio serão realizadas outros protestos em alguns trechos da rodovia com distribuição de adesivos e panfletos para os condutores de veículos.
Lideranças sindicais ligadas à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/Regional Sul da Bahia) participaram do protesto
As praças de pedágio serão instaladas em São Gonçalo dos Campos (R$ 3,80), em Conceição do Almeida (R$ 6,40), em Wenceslau Guimarães (R$ 6,80), em Ubaitaba (R$ 6,70), em Buerarema (R$ 7,20), em Mascote (R$ 7,50), em Itabela (R$ 6,20), em Itamaraju (R$ 5,90), e em Caravelas (R$ 7,10).
Sindicalistas colaram adesivo da campanha contra os pedágios nos carros.
O trecho baiano da BR 101 que terá leilão previsto para maio deste ano, onde será definida a empresa que vai gerir a rodovia, fica entre Feira de Santana e Mucuri. Serão nove praças de cobrança de pedágios ao longo de seus 772.3 km, uma a cada oitenta e cinco quilômetros. O custo estimado de ponta a ponta é de R$ 57,50 (cinquenta e sete reais e cinquenta centavos) a preço de hoje.
Segundo Jorge Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Regiãoe coordenador do Movimento Contra a Privatização da BR 101, o projeto do governo é ambicioso e tenciona a implantação dos pedágios em todas as rodovias brasileiras onde seja rentável a cobrança. Além disso, as vias urbanas também serão privatizadas como já acontece em São Paulo e em breve chegará a Salvador.
Coordenador do Movimento Contra a Privatização da BR 101, Jorge Barbosa, conversa com motoristas sobre o assunto durante manifestação
Ainda segundo Jorge, o governo ganha com o leilão da concessão, se abstém dos investimentos para recuperação e manutenção das rodovias e o cidadão paga a conta do pedágio, do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), da CIDE (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico), do aumento dos fretes e das passagens de ônibus, além ter seu direito de ir e vir cerceado.

Fonte: Lingua de Fogo

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