quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Privatização da BR 101 - CTB reativa mobilização contra a cobrança de pedágios

Com o anúncio do governo Dilma Roussef (PT) a cerca concessão à iniciativa privada da BR 101 no estado da Bahia, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/Regional Sul da Bahia), está articulando a reativação do Movimento Contra a Privatização da BR 101. O objetivo é que a população das cidades situadas às margens ou próximas da rodovia participe através dos segmentos organizados da sociedade (sindicatos, associações, partidos políticos, etc.) realizando debates, manifestações e paralisações no sentido de denunciar a cobrança do pedágio.
Serão concedidos 7,5 mil quilômetros de rodovias nos trechos da BR-262 entre o Espírito Santo e Minas Gerais, BR-153 entre o Tocantins e Goiás, BR-163 em Mato Grosso, BRs 163 e 267 no Mato Grosso do Sul, BRs 153 e 262 entre o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais e BR-040 entre o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.
O trecho baiano da BR 101 com leilão previsto para maio deste ano, quando será definida a empresa que vai gerir a rodovia, fica entre Feira de Santana e Mucuri. Serão nove praças de cobrança de pedágios ao longo de seus 772.3 km, uma a cada oitenta e cinco quilômetros que devem ser implantadas nas cidades de São Gonçalo dos Campos, Conceição do Almeida, Wenceslau Gumarães, Ubaitaba, Buerarema, Mascote, Itabela, Itamaraju e Caravelas. O custo estimado de ponta a ponta é de R$ 57,50 (cinquenta e sete reais e cinquenta centavos) a preço de hoje.
“Através da mobilização dos sindicatos filiados, a CTB conseguiu em 2009 que o governo cancelasse o projeto de privatização e cobrança de pedágios na BR 101. Foram inúmeras manifestações na rodovia, em frente ao Posto Flecha na cidade de Itabuna e uma grande paralisação próxima ao município de Buerarema.” relembra Jorge Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna.
Segundo Jorge, o projeto do governo é ambicioso e tenciona a implantação dos pedágios em todas as rodovias brasileiras onde seja rentável a cobrança. Além disso, as vias urbanas também serão privatizadas como já acontece em São Paulo e breve em Salvador.
O governo ganha com o leilão da concessão, se abstém dos investimentos para recuperação e manutenção das rodovias e o cidadão paga a conta do pedágio, do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), da CIDE (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico), do aumento dos fretes e das passagens de ônibus, além de ter cerceado o seu direito de ir e vir .

Pedágio, LUTE agora ou PAGUE para sempre!

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