Nesta sexta-feira (14), a presidenta Dilma Rousseff comemora seu 65º e reafirma sua confiança no ex-presidente Lula. Enquanto ela e ele reafirmam a unidade, torcida é grande na oposição para que ocorra um rompimento antes de 2014. Ainda não foi desta vez
Dois dias atrás, em Paris, a presidenta Dilma Rousseff falou pela primeira vez sobre o massacre midiático contra o ex-presidente Lula. Disse que lamenta o "desrespeito" e a "tentativa de desgastar" sua imagem. Ela e ele apareceram juntos em várias fotos, sinalizando que a unidade entre ambos está mantida.
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Nesta quinta, também na França, o jornal Le Monde publicou longa entrevista com Dilma, em que ela credita a Lula os avanços no combate à corrupção no País. Segundo ela, foi Lula quem deu liberdade ao Ministério Público e à Polícia Federal para que investigassem com total liberdade.
Veneno da mídia golpista
Aparadas as eventuais arestas com o mentor político, Dilma comemora hoje, na Rússia, seus 65 anos, em sintonia com Lula. O que significa que, mais uma vez, frustrou-se a expectativa daqueles que cobravam dela um rompimento com o ex-presidente.
Essa tese foi levantada ontem por Dora Kramer, no Estadão. "A presidente Dilma Rousseff agora resolveu se associar à tese de que cobrança de explicações significa "desrespeito" e "tentativa de desgastar a imagem" de alguém que tanto fez pelo Brasil.
Tais argumentos também foram ecoados no principal editorial desta sexta-feira da Folha. "Não há lugar para isso na República. Ao avalizar a conduta de seu correligionário e padrinho, antes de qualquer investigação, a presidente se apequena aos olhos de quem lhe atribuía a disposição de romper com a corrupção política", afirma o jornal de Otávio Frias Filho.
Segundo a lógica de Dora e Frias, Dilma acertaria se rompesse com Lula, lavasse as mãos e avalizasse a continuidade do massacre. A presidenta, no entanto, escolheu o caminho da lealdade. E isso incomoda muito parte da oposição. Ainda não foi desta vez que Dilma e Lula se distanciaram.
Fonte: 247
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