Como
era de se esperar o Ibama concedeu licença prévia para a construção de um
terminal de uso privativo da empresa Bahia Mineração (Bamin) e de um terminal
de uso público, o chamado Porto Sul. Para conceder a liberação, o Ibama impôs ao governo baiano e à Bamin o
atendimento a 19 ações compensatórias, além da implantação de 34 programas
ambientais.
Com um investimento de R$ 2,6
bilhões e a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, o Porto Sul será o
ponto final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), obra do Governo
Federal que ligará a cidade de Figueirópolis, no Tocantins, a Ilhéus, na Bahia.
Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a
FIOL terá 1.527 km de extensão, investimento estimado em R$ 7,43 bilhões, e
passará por 32 municípios baianos. O Porto Sul será construído no litoral norte
de Ilhéus, entre as localidades de Aritaguá e Sambaituba.
O
empreendimento degradará 1.224,9 hectares com a retroárea, ponte de acesso
marítimo, píer com quebra mar há 3,5 quilômetros da costa, acesso terrestre e dragagem
de 16,5 milhões de metros cúbicos. O
impacto ambiental e socioeconômico são inestimáveis. Contudo, poderia ser bem pior,
uma vez que a pretensão inicial era de ser instalado na APA (Área de Proteção Ambiental)
na Lagoa Encantada que abrange o litoral norte do município de Ilhéus, além dos municípios
de Uruçuca, Itajuípe, Coaraci e Almadina, no Litoral Sul da Bahia, com uma área
de 157.745 hectares, fazendo parte da bacia hidrográfica do Rio Almada. Depois de transferido para o Distrito de Aritaguá a área pretendida
era bem maior de 4.833 e foi reduzida para 2.268
hectares.
A reação dos
entes contrários ao Porto Sul continua. Contudo, a esta altura é quase
impossível barrar o processo. Dentro das compensações, é de bom alvitre a
criação de parques nacionais de preservação da Mata Atlântica no Sul da Bahia.
Fonte: http://www.bahianegocios.com.br
e Jornal Agora - 3402
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