sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

FUP: Parente faz reservas da Petrobras retrocederem 15 anos


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Petrobras do governo Temer, Pedro ParenteO presidente da Petrobras do governo Temer, Pedro Parente
Qualquer semelhança não é mera coincidência
O desmonte promovido pelos golpistas está fazendo a Petrobras voltar a ser o que era em 2001, quando Pedro Parente comandava o Conselho de Administração da empresa. Assim como hoje, os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás sofreram cortes drásticos, fazendo com que a área mais estratégica da companhia fosse anos a fio sucateada. A recuperação se deu nos governos Lula e Dilma, que multiplicaram por mais de dez vezes os investimentos no E&P, fazendo com que a Petrobrás aumentasse em 70% as suas reservas e se tornasse capaz de descobrir o Pré-Sal.

Os desinvestimentos e a liquidação de ativos promovida pela gestão Pedro Parente fazem a estatal retroceder a passos lagos, levando junto a economia do país e as principais conquistas das últimas décadas. O próprio mercado já admite que a receita aplicada está comprometendo a empresa. “A falta de investimentos exploratórios está afetando seriamente o valor da Petrobrás”, afirmou a Zag Consultoria ao Valor Econômico em reportagem de capa desta quinta-feira, 26, onde o jornal analisa o tombo que os golpistas promoveram nas reservas da empresa.

Diferente de outras petrolíferas, a Petrobras tem a seu favor o Pré-Sal batendo recordes de produção e imensos campos de petróleo ainda a serem explorados. Os gestores, no entanto, jogam contra a empresa, privilegiando os banqueiros, com juros e amortizações da dívida, e entregando às multinacionais campos de petróleo promissores. Enquanto isso, todas as seis sondas de perfuração da estatal estão hibernadas, os trabalhadores sem emprego, a economia do país em frangalhos e as agências de risco seguem negando o selo de “bom pagador” à Petrobrás, ameaçando rebaixar ainda mais a sua nota de avaliação.

A FUP e seus sindicatos há tempos alertam para os efeitos nefastos do receituário neoliberal e privatista que os gestores vêm impondo à companhia. Propostas elencadas no documento “Pauta pelo Brasil”, com alternativas para o financiamento da empresa, foram apresentadas à direção da estatal de forma a preservar seus principais investimentos e ativos.

A gestão Pedro Parente, no entanto, prefere continuar seguindo à risca a cartilha dos golpistas, cumprindo o mesmo papel que teve no governo FHC. Já passou da hora do povo brasileiro entrar na luta junto com os petroleiros e defender a Petrobrás, enquanto ainda temos um patrimônio a zelar.
 

Fonte: Portal FUP (Federação Única dos Petroleiros) via Vermelho

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