quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Centrais afirmam que política de juros compromete desenvolvimento


Agencia Sindical
  
A manifestação, em frente à sede do BC na capital paulista, foi iniciada às 10 horas – momento em que o Copom (Comitê de Política Monetária) iniciou, em Brasília, sua reunião periódica que define a taxa de juros para os próximos 40 dias. Hoje, a Selic está em 14,25% ao ano.
 
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), destacou a importância das manifestações unitárias, para barrar as medidas neoliberais do governo Temer. “Essa política traz desemprego, diminui os investimentos na produção, porque todos vão querer ganhar no sistema financeiro. Com isso gera desemprego, menos consumo e menos produção”, afirma.
 
Juruna denunciou que o valor atual da Selic, de 14,25% ao ano, é a maior taxa de juros do mundo. “Por isso que as Centrais Sindicais se unem todo mês, a fim de protestar e exigir que o governo reduza a taxa para melhorar o emprego e o consumo”, ressalta.
 
Para o presidente da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), o combate aos juros altos deve ser abraçado Sindicatos e movimentos sociais, “porque esses juros inviabilizam uma política industrial de geração de emprego e riqueza”. “O que gera riqueza real é a produção, o trabalho e o extrativismo”.
 
“O juro alto tira os recursos básicos da população. As empresas quebram e aumenta o desemprego. Nós já estamos com mais de 12 milhões de trabalhadores desempregados e agora vem o governo com a PEC 241, para congelar o investimento em Saúde e Educação por 20 anos. Estão querendo voltar aos tempos da escravidão”, denuncia Ubiraci Dantas de Oliveira, presidente da CGTB.
 
Segundo Luiz Carlos Prates, da executiva nacional da CSP-Conlutas, o juro cobrado no País é “exorbitante” e parte de uma política que tem por base privilegiar “grandes empresas, bancos e o pagamento da divida pública, ao mesmo tempo que retira recursos da área social”.
 
O protesto mobilizou aproximadamente 200 sindicalistas e representantes de movimentos sociais, como a Confederação das Mulheres do Brasil, Federação das Mulheres Paulistas e União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES).


Fonte: Agência Sindical via Vermelho

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