segunda-feira, 10 de outubro de 2016

"A hora é de lutar em defesa do Brasil e dos direitos", afirma dirigente da CTB

"A hora é de lutar em defesa do Brasil e dos direitos", afirmou em entrevista ao Portal CTB João Paulo Ribeiro, o JP, secretário nacional do Serviço Público e do Trabalhador Público, ao comentar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela por 20 anos os investimentos públicos.
A chamada PEC da maldade segue, agora, para votação no plenário da Câmara. Se aprovada, será encaminhada ao Senado, para votação em dois turnos.
Durante a entrevista o dirigente nacional alerto que "serão 20 anos de austeridade fiscal. As consequências serão desastrosas – aumento da terceirização, privatização de tudo e todo o serviço público será jogado nas mãos dos grandes empresários e banqueiros. A CTB seguirá na luta intransigente contra esses projetos nefastos, em defesa do trabalhador e do serviço público”.
Acompanhe a íntegra da entrevista:
Como avalia a aprovação da PEC 241 na Comissão Especial? Quais os impactos?
O dia de ontem foi muito difícil para nós servidores públicos, porque testemunhamos o avanço de uma matéria que propõe do fim dos direitos sociais, do serviço público.
Nossa luta sempre foi para recuperar o que foi perdido ao longo de décadas, no último período [2003/2015] avançamos em alguns pontos, mas a PEC 241 colocará um fim em qualquer horizonte de avanço.
Basta lembrar que ainda não tínhamos conseguido recuperar o que havíamos perdido com a reforma administrativa do governo de FHC. Com esse reforma, abriu-se para a terceirização e precarização sem limites do serviço público.
Como as entidades sociais e sindicais avaliam a agenda de retrocesso proposta pelo governo sem voto que se expressa na PEC da maldade?
Nossa Central está na linha de frente da luta contra essa proposta. Se aprovada, a proposta de Temer elimina a vinculação de receitas destinadas à Educação e ao orçamento da Seguridade Social. Na prática, significaria o fim dos direitos sociais previstos na Constituição.
Serão 20 anos de austeridade fiscal. As consequências serão desastrosas – aumento da terceirização, privatização de tudo e todo o serviço público será jogado nas mãos dos grandes empresários e banqueiros. A CTB seguirá na luta intransigente contra esses projetos nefastos, em defesa do trabalhador e do serviço público.
Acredita que o Plenário da Câmara, taxado hoje de ter como maioria parlamentares dos que estiveram em 1964?
Haverá uma luta incessante daqueles que representam os interesses da nação. Está claro que aqueles que votaram pela aprovação na comissão especial dessa PEC da maldade não tem compromisso com o país e nem com o povo brasileiro. A gestão Temer e seus asseclas querem destruir o servido público, desmontar o Estado, mas é bom que eles fiquem cientes, já lutamos em defesa da democracia e dos direitos em outro momento da história, e iremos lutar o quanto for preciso mais uma vez.
Qual a resposta que os servidores públicos darão para tal ofensiva?
A onda golpista que tomou conta do Brasil e América Latina, somando a isso o resultado das eleições, convoca a classe trabalhadora a repensar sua ação tática e estratégica. Os servidores públicos estão cientes dos desafios. Voltaremos a nossa base, faremos um debate com cada um que ainda não percebeu qua o impacto de medidas como a PEC 241.
É hora de reiniciamos o debate em todas as esferas as sociais: igrejas, entidades de bairros, associações. É preciso denunciar o que o governo ilegítimo de Temer quer fazer com os nossos direitos.
Já há agenda de luta por parte das entidades sociais e sindicais?
Já neste fim semana estamos convocando ampla mobilização para unificar nosso campo em torno da luta contra a PEC 241. Haverá panfletagem nas feiras e e nos semáforos, haverá também debates nos bairros, nosso objetivo é denunciar o que Temer oferece ao Brasil com essa proposta.
Além disso, nesta segunda-feira (11) realizaremos blitz nos principais aeroportos para pressionar os deputados a não votarem pela aprovação da PEC.
No caso da blitz, ela pode ser antecipada, pois temos a informação de que a gestão golpista oferecerá neste domingo um jantar para cerca de 400 deputados. Se o evento estiver confirmado, vamos ocupar os aeroportos já no domingo.
A hora é de lutar em defesa do Brasil, dos direitos e contra o grupo que tomou de assalto o Palácio do Brasil.
Portal CTB - Joanne Mota via Feebbase

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