Chamado de livro-almanaque por seus editores, o "Quem foi quem na Constituinte - nas questões de interesse dos trabalhadores" - é uma obra valiosa para que se conheça a posição dos constituintes em favor dos trabalhadores. A publicação se torna atual quando se avalia o desempenho do presidente ilegítimo, Michel Temer, como deputado constituinte.

No pé da página, após as notas dos dois turnos, o livro do Diap registra: “É presidencialista e votou a favor dos cinco anos para Sarney. Absteve-se quanto ao tabelamento de juros, mas não teve dúvidas ao votar contra a reforma agrária”. Sua votação no primeiro e no segundo turnos pode ser lida na página 630 do livro “Quem foi quem na Constituinte”.
Temer perde na comparação com outros parlamentares renomados. Lula recebeu nota 10; José Serra, 3,75; Arnaldo Faria de Sá, 7,5; Geraldo Alckmin, 7; Severo Gomes, 6; Mário Covas, 6,25; e Fernando Henrique Cardoso, 5.
Documento valioso
Ainda que pressionado pela urgência da publicação e em meio a fortes disputas políticas, o livro sobrevive ao tempo como documento valioso. O critério adotado pelo Diap - para as avaliações - nunca foi posto em dúvida e as notas jamais foram contestadas.
Na página 15, o advogado Ulisses Riedel de Resende, então diretor-técnico do Diap, escreve: “O critério de avaliação do comportamento dos constituintes foi objetivo. Ou seja: não se fez uma avaliação pela simpatia pessoal ou pelo partido em que está, mas apenas, concretamente, como votou as questões consideradas as mais importantes para a classe trabalhadora”.
Na página 7, Nota dos Editores assinala: “A pesquisa realizada pelo Diap - coordenada pelo jornalista Antônio Augusto de Queiroz, ao longo de um ano e sete meses dos trabalhos da Constituinte - chega agora ao conhecimento dos sindicalistas, dos trabalhadores, do povo brasileiro.
Consideramos que o empenho em viabilizar este projeto editorial e lançar a obra no mais breve espaço de tempo possível, junto com a promulgação da própria Constituição, realiza a mais nobre função dos que se dedicam à comunicação e à cultura: contar tudo ao povo, corretamente e com presteza.
Este livro é um instrumento e uma arma para a conquista e consolidação da democracia. Ele já faz História. 21 de setembro de 1988".
De Brasília, com Agência Sindical via Vermelho
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