quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Parlamentares pedem apuração de atentados contra comunistas

Parlamentares do PCdoB na Câmara e no Senado foram ao Ministério da Justiça, na quarta-feira (16), pedir que a Polícia Federal seja acionada para investigar os assassinatos de dois dirigentes comunistas nos últimos dez dias. Também foram registrados, este mês, dois casos de arrombamento nos escritórios regionais das deputadas do PCdoB Alice Portugal (BA) e Jô Moraes (MG).


Ass. Lid. PCdoB na Câmara
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu que a Polícia Federal investigará os casos O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu que a Polícia Federal investigará os casos 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu que a Polícia Federal investigará os casos. “Não podemos tolerar, nem aceitar atos criminosos e violentos dessa natureza. O Ministério da Justiça fará tudo o que é possível no âmbito da sua competência para apoiar ou investigar todos os casos. Nós não podemos ter impunidade em casos como esses”, disse à comitiva, encabeçada pela presidenta nacional da legenda, deputada Luciana Santos (PE).

Luciana Santos explicou ao ministro que “as divergências relacionadas aos projetos políticos defendidos ou ao pensamento do PCdoB não podem ser resolvidas na bala. Por isso, viemos pedir apoio para impedir iniciativas dessa natureza”.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), também se manifestou sobre os fatos que vitimaram o prefeito de Chiador (MG), Moises Gumieri, e o presidente do PCdoB na cidade de São Domingos do Araguaia (PA), Luiz Bonfim.

“Temos confiança no trabalho da Polícia Federal e do Ministério da Justiça para ajudar a elucidar esses crimes. Não é possível tolerarmos esses atos, especialmente as mortes de dois militantes do partido que foram executados, além da tentativa de intimidação das deputadas de nossa bancada nos casos dos arrombamentos”, afirmou, enfatizando que é inadmissível que esses casos fiquem impunes.

Na nota entregue ao ministro, o PCdoB pede que os assassinatos sejam também acompanhados pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, “na medida em que os fatos atentam contra direitos e garantias fundamentais da pessoa humana, inclusive por vitimar o representante do Poder Executivo de um município e um líder e dirigente partidário”.

Já os arrombamentos nos escritórios da Bahia e de Minas Gerais caracterizam, segundo a legenda, infrações penais praticadas em detrimento de interesse da União, uma vez que os espaços são custeados com recursos públicos, conforme o inciso IV do art. 2º, do Ato da Mesa da Câmara dos Deputados nº 43/2009, que instituiu a “cota para o exercício de atividade parlamentar”. A legenda entende que os atos “atentam contra a regular e livre atividade de representação popular, constrangendo membros de um dos Poderes”.
 

De Brasília - Vermelho
Márcia Xavier, com informações da Liderança do PCdoB na Câmara 

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