quinta-feira, 16 de julho de 2015

Por justiça e contra violência sexista, movimentos sociais se preparam para 5ª Marcha das Margaridas

A organização da 5ª Marcha das Margaridas realizou mais uma plenária preparatória nesta terça-feira, 14, em Brasília. Representantes das centrais CTB e CUT e de movimentos sociais como a Marcha Mundial das Mulheres debateram as propostas políticas, a organização e os objetivos da manifestação que acontecerá nos dias 11 e 12 de agosto na capital federal. 
Promovida pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) desde o ano 2000 para defender as mulheres do campo, a Marcha se consolidou, ganhou visibilidade e é hoje o maior evento com a participação feminina no Brasil.
Sob o lema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, jovens e senhoras de norte a sul do País ocuparão a Esplanada dos Ministérios em luta, principalmente, contra a violência sexista e pela construção de uma sociedade sem preconceitos de gênero.
A coordenadora do evento, Alessandra Lunas, da Contag, disse ontem que a MM não é mais uma pauta exclusiva das trabalhadoras rurais, mas mobiliza e representa a luta de todas as mulheres do campo e da cidade.
Ela ainda ressaltou a importância de marchar no atual cenário político. “A Marcha de 2015 acontece num momento estratégico e desafiador frente à conjuntura política que temos hoje no país - talvez o Congresso mais conservador e machista dos últimos tempos, onde até a honra feminina da autoridade maior, a presidenta Dilma, é agredida. Temos que nos unir lutar contra isso”.
Lideranças da Marcha das Margaridas se reuniram para acertar estratégias do ato que acontece em agosto, em Brasília
Para Alessandra, é assustadora a forma como o Congresso Nacional tem tratado as questões femininas atualmente. “A onda conservadora que está aí nos impede até de trazer temas importantes como o aborto para a discussão. As agendas relacionadas à mulher estão praticamente paradas. Temos a tarefa de demarcar a posição, o espaço das mulheres frente a esta conjuntura, em defesa da democracia”, declarou.
A Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB/DF, Samara Nunes, destacou a importância da Marcha das Margaridas para a categoria. “É importante estarmos nesta luta com a Contag. Temos que ir para rua pedir que as políticas em relação ao gênero avancem. A CTB está mobilizada - vamos participar dos eixos temáticos, principalmente nas discussões voltadas à violência contra a mulher”, afirmou.
No dia 12, pela manhã, as manifestantes seguirão pela a Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. A tarde, ocuparão o estádio Mané Garricha, numa solenidade com diversas autoridades, entre elas, a presidenta Dilma.
De Brasília, Ruth Rodrigues – CTB/DF

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