quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dilma: No combate à violência contra a mulher, agimos de forma efetiva

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da unidade da Casa da Mulher Brasileira em Brasília
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da unidade da Casa da Mulher Brasileira em Brasília

A presidenta Dilma Rousseff inaugurou, ontem, terça-feira (2), a Casa da Mulher Brasileira de Brasília. A unidade é a segunda a ser inaugurada no país e integra o Programa Mulher Viver sem Violência da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que prevê a instalação de uma Casa em todas as 27 capitais do Brasil.


“A Casa da Mulher Brasileira vai acolher, proteger e libertar, emancipando as mulheres brasileiras que delas precisarem. As mulheres vítimas de violência, no Distrito Federal ou em qualquer lugar deste nosso imenso Brasil, têm o meu apoio, o apoio do meu governo no combate à violência e para que elas tomem as rédeas do seu destino”, afirmou a presidenta Dilma em seu discurso durante a cerimônia, aplaudida pela plateia formada por lideranças dos movimentos de mulheres.


A presidente visitou as instalações da unidade acompanhada por ministras e por Maria da Penha, diretora do Instituto Maria da Penha e símbolo da luta contra a violência à mulher. A casa foi construída com recursos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e custou R$ 7,9 milhões. A unidade tem 3.671 m² de área construída e o terreno foi cedido pela União à Secretaria de Políticas para as Mulheres.

A presidenta defendeu que haja “tolerância zero” com a violência contra as mulheres e afirmou que a sociedade não pode “fechar os olhos” para a violência contra as mulheres.

“Meu governo age de forma muito efetiva e forte contra a violência que atinge as brasileiras porque – não só pelo fato de eu ser a primeira mulher presidenta do país – nós mulheres e todos os homens de bem deste país nos opomos à injustiça, à covardia e ao desrespeito ao direito das mulheres”, disse a presidenta.

“Não podemos fugir ao dever de agir, nem os governos nem a sociedade. Nenhum de nós tem o direito de se omitir nesse caso. Por isso, devemos abandonar a indiferença. É preciso denunciar o desrespeito, a intolerância e o machismo, que sob a proteção do lar discrimina a família e compromete a sociedade. Tolerância zero com a violência contra as mulheres”, enfatizou.

“As mulheres merecem todo o nosso respeito e apoio, traduzidos em políticas públicas”, enfatizou a presidenta, destacando que a unidade vai oferecer serviços 24 horas por dia, sete dias por semana.

A presidenta resgatou o traço histórico que caracteriza a nossa sociedade, que é o patriarcalismo. “A redução da mulher a uma condição de diferente e desigual. A uma condição de submissão, de opressão sujeita à violência de toda a sorte. É uma questão que estava até então “restrito à vida privada”, mas na verdade era a base da vida pública, uma vez que as mulheres sequer eram consideradas cidadãs, sequer tinham direito de voto. Estavam apartadas das cortes, não integravam os governos e muito menos os órgãos de justiça ou de polícia do país”, resgatou.

Dilma destacou também a importância da integração dos governos para a abertura das Casas nos estados. “A Casa Brasileira da Mulher depende da integração dos poderes e dos diferentes entes da federação. Estamos vendo um exemplo efetivo dessa eficácia quando todos nos unimos em prol de uma causa. E nesse processo a sociedade tem um papel efetivo. Os movimentos sociais e todas as mulheres que participam desse combate porque veem nele um momento de afirmação da mulher”, salientou.

A presidenta disse também que a cada mulher que é agredida e humilhada, seus filhos também são agredidos. “Por isso, os governos não podem fechar os olhos para a realidade da violência contra a mulher. Esta violência primária, básica, aquela que, se não é combatida, se transforma em um exemplo deplorável para as crianças e jovens, para o futuro do país”, declarou Dilma.

E completou: “Nós buscamos aqui romper com o sofrimento das mulheres, um sofrimento calado, um sofrimento em que, fragilizadas pela agressão, as mulheres têm de ter onde recorrer e onde se sentir protegidas. Elas não podem andar de um lado para o outro em busca de proteção de apoio”, disse.

A Casa da Mulher Brasileira é um centro de serviços que disponibiliza atendimento às mulheres e sua família em situação de violência de gênero, geralmente vítimas de agressão, espancamento, cárcere privado, torturas psicológica e física, entre outras.

Entre os serviços estão um posto da Delegacia da Mulher, promotores do Ministério Público e advogados ligados à defensoria pública. Além disso, as mulheres vítimas de violência têm direito a atendimento psicossocial, alojamento por até 48 horas e encaminhamento a serviços de saúde.

Está é a segunda unidade da Casa Brasileira da Mulher entregue pela presidenta Dilma. A primeira, em Campo Grande (MS), está em pleno funcionamento. Deverão ser inauguradas casas em Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Salvador (BA).

Enfrentamento à violência

Além das Casas da Mulher Brasileira, o governo promove outras ações de enfrentamento à violência. Entre elas, a ampliação da Central de Atendimento à Mulher – Disque 180, que realizou 4,1 milhões de atendimentos entre 2005 e 2014; a ampliação do número de Centros de atendimento nas fronteiras secas, que estarão presentes em sete novas cidades, totalizando dez; além do aumento do número de ônibus disponíveis para transportar as mulheres que resolvam denunciar as agressões.


Do Portal Vermelho, com informações da NBR

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