quarta-feira, 27 de maio de 2015

Pesquisa da Caged revela que bancos cortaram mais de 880 empregos em abril

Em abril deste ano, segundo pesquisa divulgada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, os bancos públicos e privados que operam no Brasil cortaram 886 empregos. O levantamento aponta que, entre janeiro e abril de 2015, o corte chegou a 2.135 postos de trabalho.
Até mesmo a Caixa Econômica Federal, que sempre apresentou comportamento oposto com a criação de vagas, registrou saldo negativo, com 634 postos a menos. No total de 2.135 vagas cortadas, referente ao início do ano até hoje, a parte que cabe à Caixa é de 977.
De acordo com o Caged, apenas os bancos múltiplos com carteira comercial, categoria na qual se enquadram Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC, eliminaram 282 empregos em abril, contratando 2.701 e demitindo 2.983, e 1.245 nos quatro primeiros meses do ano, com entrada de 9.494 e saída de 10.739.
Uma das razões pode estar no fato de que os novos empregados do setor bancário em abril entraram ganhando em média 61,9% do salário dos demitidos. Significa que a remuneração média dos desligados era de R$ 5.896,87, enquanto que a dos contratados foi R$ 3.652,38. Nos quatro meses do ano, essa proporção ficou estável, pois os salários dos novos contratados eram em média 60% do que ganhavam os demitidos.
No caso da Caixa, um dos motivos poder estar no Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA), lançado em fevereiro. Ocorre que a adesão ao PAA, cujas inscrições terminaram em 30 de abril, foi grande. Como essa situação já era prevista, o movimento nacional dos empregados vem cobrando o aceleramento de mais contratações, de modo a evitar a ocorrência de diminuição mais ainda do número de empregados por unidades.
A luta, portanto, é para que sejam abertas mais vagas, dado que em algumas unidades a situação está insuportável, com bancários sobrecarregados. Na Caixa, o salário médio dos desligados em abril era de R$ 6.935,30, enquanto o dos admitidos chegava a R$ 2.757,90. Ou seja, os novos empregados ganham em média 39,8% do que ganhavam os que saíram.
Fonte: Fenae via Feeb-Ba-Se

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