quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Mais um deputado baiano se posiciona contra abertura do capital da Caixa Econômica



Por solicitação do presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna,  Jorge Barbosa, o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB/BA) fez pronunciamento ontem, 10/2 no Congresso Nacional contra a abertura de capital da Caixa Econômica. O parlamentar é o segundo político baiano que atendeu solicitação do movimento sindical a se posicionar sobre o assunto. Daniel Almeida também do PCdoB da Bahia já havia criticado a proposta entreguista do governo Dilma Rousseff (PT).




Leia abaixo íntegra do pronunciamento do deputado Davidson Magalhães na tribuna do Congresso Nacional: 

Caixa Econômica Federal: Pela defesa do seu papel estratégico no desenvolvimento nacional e contra a abertura de capital 

Senhor Presidente, Senhores Deputados

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa – Contraf) convocou para o dia 27 de fevereiro o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública. A mobilização, faz parte de uma série de ações que o movimento associativo e sindical tem realizado em todo o país para mobilizar os empregados e a sociedade contra qualquer tentativa de abertura de capital do banco.
Venho neste espaço da Câmara dos Deputados me solidarizar e me associar com a luta dos servidores e da sociedade civil organizada.
Desde o governo Sarney (1985-1990) passando por Collor (1990-1992) e FHC (1994-2002), que são tramadas nos gabinetes iniciativas visando enfraquecer, privatizar e/ou extinguir a Caixa Econômica Federal. Todas elas refutadas pela sociedade, através dos seus empregados, do movimento sindical e demais aliados.
A ideia de abertura do capital da Caixa é certamente uma exigência do mercado financeiro (bancos) de reduzir ou cessar os investimentos governamentais nos bancos públicos, seus concorrentes, além de possibilitar a fusão com outra instituição financeira ou até mesmo a privatização.
O mercado está de olho em uma empresa que conta hoje com 3.362 agências, 100 mil empregados, ativos totais da ordem de R$ 1,5 trilhão e que obteve de janeiro a setembro de 2014 o lucro líquido de R$ 5,3 bilhões e as transações somaram R$ 1, 72 bilhão. Sem falar que é o maior agente financeiro de habitação e administra fundos e programas (FGTS, SFH, PIS, FIES, FAT, Minha Casa Minha Vida, Minha Casa Melhor e Bolsa Família) do governo federal.
Não podemos nos esquecer do pioneiro e decisivo papel desempenhado pela Caixa, como agente do governo federal, no enfrentamento aos impactos da crise financeira de 2008 em ações anticíclicas como a redução dos juros e do spread. Enquanto isso, os bancos privados fizeram justamente o contrário com o objetivo de provocar a retração do crédito e elevação dos juros.
Fica claro que é fundamental a um governo que busca o crescimento econômico com a valorização do trabalho um banco totalmente a ele vinculado, especialmente em momentos de crise e dificuldades. Certamente a Caixa deve estar a serviço do Brasil e dos brasileiros e não do mercado financeiro.
Ressalto que o projeto de enfraquecer os bancos públicos, receituário neoliberal, tem mostrado experiências desastrosas mundo a fora.
Precisamos olhar as instituições públicas de grande relevância na economia e na produção da riqueza brasileira, enquanto instrumentos de alavancagem do Projeto Nacional de Desenvolvimento, assegurando a soberania nacional e ampliação dos direitos dos trabalhadores.

Davidson Magalhães
Deputado Federal – PCdoB Bahia

Fonte: Assessoria do deputado

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