terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A mulher não pode mais ser vista como propriedade privada

Fachada da Casa Da Mulher Brasileira inaugurada em Campo Grande
Reprodução
Fachada da Casa Da Mulher Brasileira inaugurada em Campo Grande

“A Casa da Mulher Brasileira foi uma grande ideia para uma melhor coordenação do combate à violência contra a mulher”, diz Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Ela se mostrou feliz com a inauguração da primeira casa na última terça-feira (3) em Campo Grande (MS). 

Por Marcos Aurélio Ruy*, no portal da CTB


“É importante para a vítima de violência ter um local com todos os atendimentos necessários para encaminhar sua denúncia e atender suas necessidades. Assim, ela não terá mais que ficar indo de um local para outro para resolver seu problema”, garante Ivânia.


O projeto faz parte Programa Mulher, Viver Sem Violência e prevê a construção de casas para as mulheres em todas as 27 capitais brasileiras. As casas concentrarão todos os serviços para atender e proteger a mulher em situação de violência. “Com a concentração dos serviços num único lugar resolve de uma vez só vários problemas que as mulheres enfrentam para denunciar as agressões sofridas”, acredita a sindicalista.

A Casa da Mulher Brasileira terá Delegacia da Mulher, Instituto Médico Legal, defensoria pública, Ministério Público, além de atendimento médico, psicológico e se necessário podem ser encaminhadas com filhos para casas abrigo, entre outros atendimentos.

Ivânia mencionou a agressão sofrida pela estudante Nathália de Souza Santos, de 17 anos, no interior de São Paulo, num trote de faculdade. Para ela, isso ocorre porque “a sociedade machista olha para a mulher como propriedade privada. Muitas vezes as próprias mulheres têm internalizadas em si essa cultura de opressão”.

A cetebista defende mudanças na educação para a promoção de uma educação não sexista. “Se uma menina engravidar de um colega de classe, quem abandona os estudos é sempre a menina que passa a ser mal vista pelos próprios colegas, pelos professores e até por pais de outros alunos”, denuncia. Segundo Ivânia, “a escola tem um papel fundamental para a luta das mulheres por igualdade de direitos e a mudança dessa mentalidade de ódio e violência”.

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*É jornalista


Fonte: Vermelho

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