quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Bahia é o 2º estado mais letal para jovens; Itabuna lidera entre cidades

Ranking foi anunciado em coletiva no Rio
(Foto: Janaína Carvalho/G1) 

Índice de Homicídios na Adolescência foi divulgado na quarta-feira (28). Dentre as 20 cidades com maior índice de mortes, cinco são da Bahia.


A 5ª edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que foi divulgada à imprensa nesta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro, aponta que a Bahia é o segundo estado do país com a maior concentração de assassinatos entre jovens de 12 anos a 18 anos.
Os dados da pesquisa ainda indicam que o município de Itabuna, no sul da Bahia, lidera em número de homicídios nesta faixa etária entre as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. Dentre as capitais, Salvadordesponta como a terceira com maior risco de morte para adolescentes.
O levantamento foi elaborado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ) e leva em conta dados coletados no ano de 2012.
A pesquisa mostra que, dentre os cinco estados brasileiros mais letais para jovens de 12 a 18 anos, quatro ficam na região Nordeste. O estado de Alagoas lidera o ranking com um Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 8,82. A Bahia vem logo atrás com índice de 8,59, seguido pelo Ceará, com 7,74. Em quarto lugar aparece o estado do Espírito Santo, na região Sudeste, com índice de 7,15. Logo após, aparece a Paraíba - também no Nordeste -, com índice de 6,04.
A pesquisa coloca o município baiano de Itabuna, no sul da Bahia, com IHA de 17,11 - o maior dentre todas as cidades brasileiras com população superior a 200 mil habitantes.
Dentre as 20 cidades mais letais para jovens, cinco estão na Bahia. Além de Itabuna, a lista traz Camaçari em quinto lugar com IHA de 9,82;Vitória da Conquista em oitavo com 8,50; Salvador em nono com 8,32; e Feira de Santanaem 13º com índice de 6,79.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) afirma que o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no município baiano de Itabuna teve redução de 23,6% em 2013 (133), numa comparação com o ano de 2012 (174). O decréscimo, segundo a pasta, foi resultado de operações no combate aos homicídios e ao tráfico de drogas na região, a exemplo da transferência de seis líderes de organizações criminosas, detidos no Conjunto Penal de Itabuna, para presídios federais, em março de 2013.
Ainda por meio da nota, a SSP destaca que no bairro de Monte Cristo já funciona uma Base Comunitária de Segurança (BCS) com ações de prevenção a violência voltada para crianças e jovens, além da inauguração do Centro Integrado de Comunicação (Cicom), que teria otimizado o trabalho da polícia na região.
Nordeste
De acordo com os dados, a região Nordeste apresenta a maior incidência de violência letal contra adolescentes, com um índice igual a 5,97. Em contrapartida, o Sudeste possui o menor valor, com uma perda de 2,25 jovens em cada mil.
O estudo ainda revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 2,96 vezes maior do que os brancos. Os adolescentes homens apresentam um risco 11,92 vezes superior de morte quando comparado a jovens do sexo feminino. Conforme levantamento, a arma de fogo é o principal meio utilizado nos assassinatos na faixa etária de 12 a 18 anos.
Em relação a todo o país, o estudo mostra que os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no país, enquanto para a população total correspondem a 4,8%.
Para a elaboração do IHA, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República afirma que foram analisados 288 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. O levantamento tem como base os dados dos Censos 2000 e 2010, do IBGE, e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.
O IHA faz parte das ações do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL), criado em 2007. A pesquisa na íntegra está disponível online.
Fonte: http://g1.globo.com/bahia

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