sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Algumas restrições dos EUA a Cuba são retiradas a partir desta sexta

Cidade de Havana, capital cubana
Reprodução
Cidade de Havana, capital cubana

O Departamento do Tesouro norte-americano anunciou, nesta quinta-feira (15), que algumas das restrições a Cuba serão aliviadas a partir desta sexta-feira (16), como parte do processo de normalização das relações entre Havana e Washington. Inicialmente, os Estados Unidos facilitarão as viagens para a ilha e aliviarão as limitações comerciais, principalmente transferências de remessas dos emigrantes cubanos.


“O anúncio nos coloca um passo mais próximos de substituir políticas que não estavam funcionando”, afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Jacob Lew.


As medidas avançam mesmo que o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba, decretado em 1962, continue em vigor, uma vez que este só pode ser revogado pelo Congresso americano, atualmente dominado pelo Partido Republicano.

Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram, no dia 17 de dezembro, que os Estados Unidos e Cuba iniciariam um processo de normalização das relações diplomáticas. Os dois países, separados pelos 150 quilômetros do Estreito da Flórida, cortaram relações em 1961.

O bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba foi imposto em 1962, depois do fracasso da invasão da ilha para tentar derrubar o governo liderado por Fidel Castro, em 1961. A invasão ficou conhecida como o episódio da Baía dos Porcos.

As primeiras conversações diplomáticas oficiais estão previstas para os próximos dias 21 e 22, em Havana. Os dois países devem discutir, entre outros aspectos, a abertura de embaixadas.

Em sua edição eletrônica, o jornal Granma, órgão do Partido Comunista de Cuba, avalia nesta quinta-feira (15) que "as medidas anunciadas constituem um passo na direção correta, mas ainda resta um longo caminho a percorrer para desmontar mu­itos outros aspectos do bloqueio econômico, co­mercial e financeiro mediante o uso das prerrogativas executivas do presidente [dos EUA] e para que o Congresso dos EUA ponha fim a esta política definitivamente".

Vermelho - Com Agência Brasil e Granma

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