sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cotado para Fazenda, presidente do Bradesco se reúne com Dilma

O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco (foto), se reuniu dia 189/11 com a presidente Dilma Rousseff em Brasília, informa Sonia Racy. Ele teria sido convidado a assumir o Ministério da Fazenda. A escolha de um nome para a Fazenda, para tentar acalmar o mercado, e os desdobramentos e reflexos políticos para o governo em decorrência da Operação Lava Jato foram os dois temas dominantes da reunião de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim da tarde de terça-feira, em Brasília.
Boatos de que poderia haver um anúncio oficial ontem sobre a equipe econômica mexeram com o mercado financeiro. Para Lula, a melhor indicação seria a de Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central em seu governo. Mas a presidente continua resistindo. Em sua lista de opções, além de Trabuco, há o nome do presidente Banco Central, Alexandre Tombini, com quem a presidente também teve a oportunidade de conversar, e muito, nos últimos dias.
Tombini não só esteve com Dilma na reunião do G-20, na Austrália, como foi convidado por ela a voltar no avião presidencial para Brasília, mais precisamente na cabine presidencial, durante o voo de volta para o Brasil.
O atual titular da Fazenda, Guido Mantega, permaneceu em Brisbane, na Austrália. Enquanto isso, Dilma e Tombini voavam, pararam em Osaka, no Japão, depois jantaram em Seattle, nos Estados Unidos, durante o tempo de reabastecimento do avião e por fim, fizeram uma parada na Cidade do Panamá.
Há ainda especulações em torno do nome do ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, que não restabeleceu todas as pontes com Dilma, mas tem discutido e participado de reuniões com projetos para o futuro com integrantes do governo. Barbosa é professor da Fundação Getúlio Vargas.
Por partes
A presidente tem seu timing próprio e, em entrevista antes de viajar para a Austrália, avisou que, ao retornar da reunião do G-20, iria começar a tratar das mudanças ministeriais “por partes”. Mas as novas denúncias e prisões ligadas ao caso de corrupção na Petrobrás fazem com que o governo tente apressar a formação do novo ministério para reverter a onda negativa que domina a agenda nacional.
Depois desta e outras reuniões da presidente com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o governador da Bahia, Jacques Wagner, especula-se que Dilma possa anunciar a primeira etapa da reforma ministerial até amanhã. Mas não há nada definido. Ontem, Dilma voltou a se reunir no fim da manhã com Wagner, que em seguida embarcou para Salvador. O governador é um dos principais interlocutores da presidente neste momento e é cotado para pastas como Indústria e Comércio - que seria de sua preferência -, mas até a da Justiça teria entrado como alternativa.
Wagner avisou que não gostaria de ser deslocado para a presidência da Petrobrás, no lugar de Graça Foster, nem quer ir para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), cargo que já ocupou e atualmente tem à frente o também petista Ricardo Berzoini.
Fonte: Estadão via Vermelho

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