Minhas caras e
meus caros trabalhadores dos Bancos Públicos Federais,
É com
satisfação, carinho e confiança que me dirijo a vocês. Satisfação por termos
cumprido, desde o primeiro dia de governo do Presidente Lula e em todo meu
governo, nosso compromisso com o fortalecimento dos bancos públicos.
Recuperamos a capacidade do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES, do BNB e do
BASA de atuar em favor do Brasil.
O primeiro e
fundamental passo foi a valorização dos bancários, recuperando o valor dos
salários com aumentos reais, aumentando o valor da PLR, preservando o emprego e
aumentando o quadro de funcionários, restabelecendo direitos que foram
retirados dos trabalhadores por governos anteriores e incorporando
reivindicações do movimento sindical.
Tenho um carinho
especial pelos bancos públicos que, nos últimos 12 anos, encontraram um caminho
de agentes de políticas públicas, em que se combinaram a atuação no mercado e o
seu papel social.
O comportamento
dos bancos públicos na crise em 2009 foi exemplar, quando, por orientação do
Governo Federal, forneceram crédito em grande volume para que a sociedade
brasileira mantivesse a atividade econômica e o nível de emprego.
Enquanto os
bancos privados reduziam o crédito e encareciam seu custo, os bancos federais
aumentaram os recursos disponíveis e permitiram a continuidade da geração de
emprego e renda.
O protagonismo
dos bancos públicos é inegável e os avanços da economia brasileira nos últimos
12 anos tiveram nestas instituições um grande suporte financeiro.
É esse o modelo
que defendemos, ao contrário do modelo tucano que relegou os bancos públicos a
meros coadjuvantes do sistema financeiro privado, deixando a atividade
produtiva à mercê de extorsivas taxas de juros. Sabemos onde vai dar esse
caminho equivocado: demissão, arrocho e, por fim, privatização, como ocorreu
com os bancos estaduais no passado.
Acreditamos que há espaço para todos, dentro de uma concorrência saudável e com papéis complementares.
Mas o Brasil não
pode abdicar do potencial indutor da economia que têm os bancos públicos. O que
seria do crédito agrícola sem o Banco do Brasil? Como poderíamos incentivar a
construção civil e a construção de moradias sem a Caixa? Como financiaríamos
obras de infra-estrutura, de suprimento de energia e em apoio aos investimentos
das indústrias sem o BNDES? Como incentivaríamos o desenvolvimento regional sem
o BASA e o BNB?
Programas como o
Minha Casa Minha Vida, Pronaf, FIES, Bolsa Família, o desenvolvimento regional
sustentável, a inclusão digital, os investimentos em infraestrutura como os
VLTs, BRTs, aeroportos, hidrelétricas, energia eólica, somente têm sucesso com
o apoio operacional e o financiamento dos bancos públicos.
Tenho confiança
de que estamos no caminho certo em nosso compromisso com o fortalecimento dos
bancos públicos, que são indispensáveis para a economia brasileira e um
patrimônio da sociedade.
Juntos, bancos
públicos, seus funcionários e o Governo Federal, fizemos muito, e faremos muito
mais.
Dilma Rousseff
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