sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dados mostram: bancos podem valorizar categoria

Seja qual for o indicador, todos apontam ganhos para o setor: lucro, receita com prestação de serviço, carteira de crédito, tudo cresce graças ao trabalho do bancário que quer sua parte nesse imenso resultado

Os bancos levaram no dia 19, dentro da Campanha 2014, proposta global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. Apresentaram 7% de reajuste para os salários e, para o piso, 7,5%.

O Comando Nacional dos Bancários informou, em mesa, que considerava a proposta insuficiente. Em assembleia, a categoria confirmou a rejeição e deflagrou greve a partir de 30 de setembro.

Bancários em greve a partir de 30 de setembro

A categoria exige valorização do setor que mais lucra no país e os dados mostram que eles podem pagar. Isso fica claro quando se utiliza comparativos que levam em conta o primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 para os cinco maiores do país (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander).

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Lucro – O lucro líquido para esses bancos cresceu 16,5%. A variação, por empregado, foi de 17,7%. Isso 
significa que a atuação de cada empregado nesses bancos incrementou em mais de 17% o lucro entre um ano e outro.

Tarifas – A receita com prestação de serviços e tarifas, exclusivamente originada no trabalho do bancário, cresceu 10,02% no semestre. E a variação por empregado, foi ainda maior, 11,1%.

Crédito – A expansão das carteiras de crédito entre 2013 e 2014 foi da ordem de 13,3%. Cada bancário teve responsabilidade em 14,4% desse crescimento.

Retorno – Enquanto ganham tanto com o trabalho duro dos seus empregados, os bancos demitem: cortaram juntos 18.990 postos de trabalho (exceto a Caixa) desde janeiro de 2012. Foram 5.512 só nos últimos 12 meses. Isso faz com que a pressão e a sobrecarga aumentem, já que houve redução de 2,2% no número de empregados por agência e aumento de 5% no número de contas correntes que cada funcionário tem de cuidar.

A categoria lembra que 93% das campanhas salariais do primeiro semestre conquistaram reajustes acima da inflação (análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos/ Dieese para 340 categorias). A maioria resultou em ganhos reais médios de até 1,54%.

Fonte: Seeb-SP

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