quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Campanha Salarial: Bancos não apresentam proposta econômica

Mais uma vez os bancos não apresentaram proposta para as reivindicações de caráter econômico da Campanha Salarial 2014. Na rodada de negociação desta quarta-feira (11), os negociadores da Fenaban disseram que ainda vão consultar os presidentes dos bancos para apresentar uma proposta global para as demandas da categoria, em data a ser definida. As negociações das cláusulas sobre remuneração, entre elas a PLR, prosseguem nesta quinta-feira 11.
O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participa das negociações, destacou a falta de compromisso do setor mais lucrativo do país. "Os bancos repetem a tática e enrolam para tentar vencer pelo cansaço. Para acabar com a dinâmica, a mobilização deve ser ampliada em todo o país, a começar pelo Dia de Luta pela Isonomia na Caixa, nesta quinta-feira. As manifestações devem ser fortes para movimentar toda a categoria".

Reajuste de 12,5% - O Comando Nacional dos Bancários apresentou levantamento do Dieese mostrando que 93,2% dos acordos salariais assinados pelos trabalhadores no primeiro semestre contemplaram reajustes superiores ao índice de inflação.

14º salário - Refletindo a expectativa da categoria manifestada nas consultas realizados pelos sindicais, a 16ª Conferência Nacional dos Bancários reforçou a reivindicação de instituição do 14º salário. Os negociadores da Fenaban consideraram "muito estranha" essa demanda, adiantando que não tem a menor possibilidade de ser aprovada pelos bancos.

Pisos para comissionados - O Comando defendeu com ênfase a reivindicação de criação de pisos de R$ 5.064,73 para primeiro comissionado e de R$ 6.703,31 para primeiro gerente. Os bancos não quiseram discutir o tema, alegando que se trata de política de cada empresa. As reivindicações para os pisos de escriturário e caixa já haviam sido discutidas na terceira rodada de negociação, na semana passada.

Isonomia salarial - A reivindicação dos bancários é para que os bancos se comprometam a aplicar a Convenção 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o artigo 2º da Declaração de Direitos Humanos, que asseguram a equivalência salarial para trabalho de igual valor. Os negociadores da Fenaban negam que haja diferença tanto entre funções como entre homens e mulheres.
Parcelamento de adiantamento de férias - O Comando defendeu a proposta da categoria de que os trabalhadores, por ocasião das férias, possam requerer que a devolução do adiantamento feito pelo banco seja efetuada em até dez parcelas iguais e sem juros, a partir do mês subsequente ao do crédito. Vários bancos já concedem essa vantagem aos bancários.

Outras reivindicações econômicas - A 16ª Conferência aprovou a reivindicação de R$ 724,00, o equivalente ao salário mínimo nacional, para os vales-alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá. Os bancários também reivindicam a criação de um 13º vale-alimentação. Em relação ao auxílio-educacional, argumentaram que cada banco tem a sua política e não querem incluir a cláusula na Convenção Coletiva.

O Comando também reivindicou o reajuste do vale-cultura para R$ 112,50. Os representantes dos bancos disseram que o tema voltará a ser discutido nesta quinta-feira 11, quando entra em discussão a reivindicação de PLR equivalente a três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
Fonte: Contraf via Feeb-Ba-Se

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