quarta-feira, 23 de abril de 2014

Parlamentares do PCdoB comemoram Marco Civil da Internet

Senadora Vanessa Grazziotin discursa durante
votação do Marco Civil da Internet no Senado. Ag. Senado

Os parlamentares do PCdoB, que acompanharam e se esforçaram pela aprovação do Marco Civil da Internet, comemoraram, ontem, terça-feira (22), a aprovação do texto no Senado. A matéria segue agora para sanção presidencial. Os dois senadores do Partido – Inácio Arruda (CE) e Vanessa Grazziotin (AM) – destacaram a rapidez na votação da matéria e o fato do texto não ter sofrido alteração de conteúdo pelos senadores. 

Na Câmara, os deputados do PCdoB – Chico Lopes (CE) e Manuela D´Ávila (RS), membro da comissão especial que tramitou o Marco Civil da Internet à época – elogiaram o empenho do Senado. O Marco Civil da Internet estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para internautas e provedores na web no Brasil.
“É um grande vitória, porque vai se transformar num marco para a revalidação da internet no mundo inteiro. Trabalhamos muito, num debate praticamente conjunto da Câmara e Senado, em várias comissões”, festejou o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Esta semana ocorre uma conferência internacional sobre governança na internet, a NETMundial, em São Paulo, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, que vai levar o marco civil como uma das respostas do seu governo às denúncias de que autoridades e empresas brasileiras teriam sido espionadas pela NSA, agência de inteligência dos Estados Unidos.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ressaltou a importância da votação pelo Senado do projeto do Marco Civil da Internet ter ocorrido antes do início do fórum NETMundial. Vanessa adianta que o projeto precisa de aperfeiçoamentos e que, após ser sancionado pela presidenta da República, vai apresentar uma proposta para alterá-lo.

Segundo ela, é preciso melhorar pontos como o referente à segurança e guarda dos dados dos usuários, para que sejam preservadas a intimidade e a privacidade dos internautas.
Vanessa também quer tornar clara a parte do texto que trata da neutralidade da rede, que, segundo ela, permite o acesso a qualquer conteúdo sem interferência do provedor. A senadora ainda quer que a guarda dos dados públicos da União, dos estados e dos municípios seja feita em um centro instalado em território nacional.

Amplo debate

"Esse projeto do Marco Civil da Internet no Brasil é fruto de um amplo debate, feito durante os últimos anos, por representantes de inúmeros segmentos da sociedade brasileira, preocupados em garantir a maior liberdade possível de comunicação na rede, o acesso mais popular à internet, a chamada 'neutralidade' da rede, impossibilitando a cobrança diferenciada por serviços, que tornariam a rede excludente e privilegiariam quem pudesse pagar mais", destacou Chico Lopes.

A deputada Manuela D´Ávila também enfatizou a participação da sociedade na discussão do projeto e do esforço do PCdoB pela aprovação da matéria. "A aprovação do texto é uma grande vitória para todos os que lutam pela liberdade, neutralidade e privacidade na rede. Como membro da comissão especial que redigiu a lei, sei da luta da nossa bancada para que o marco civil fosse uma realidade", afirma.

Pelo princípio da neutralidade de rede, os provedores não podem ofertar conexões diferenciadas, por exemplo, para acesso somente a e-mails, vídeos ou redes sociais. Durante a votação nesta terça-feira diversas entidades da sociedade civil fizeram uma manifestação no Senado pedindo a aprovação do marco civil.

De Brasília - Vermelho  - Márcia Xavier - Com agências 

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