quinta-feira, 3 de abril de 2014

Copom eleva Selic para 11% ao ano, maior nível desde 2011

Pela nona vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 11% ao ano. É o maior nível desde janeiro de 2011, época em que a presidenta Dilma Rousseff tomou posse, quando a taxa estava em 10,75% ao ano.


Em agosto daquele ano, a taxa passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor patamar da história. A Selic foi mantida nesse nível até abril de 2013, quando o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos para conter a inflação.

Em nota, o Copom informou que vai acompanhar a evolução da economia antes de tomar qualquer decisão sobre uma eventual mudança na política de juros. "O comitê vai monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião [em 27 e 28 de maio], para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", destacou o comunicado.


Os sindicalistas se manifestaram a respeito do aumento da taxa. Segue abaixo a Nota da CTB, sobre nova alta dos juros.

Uma decisão ao gosto dos rentistas

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) determinou na noite desta quarta-feira (2), uma nova alta, de 0,25%, na taxa básica de juros. É a nona elevação seguida da Selic, agora fixada em 11%. As autoridades monetárias reafirmam, com isto, o viés conservador da política macroeconômica, que serve aos interesses da oligarquia financeira e contraria a vontade popular.

A alta dos juros é uma péssima notícia para a economia nacional, pois reduz o consumo e os investimentos, sacrificando a produção e estimulando a estagnação. Ao lado disto, redistribui de forma perversa a renda ao aumentar as despesas públicas com juros, engrossando os lucros embolsados por banqueiros e rentistas e reduzindo os gastos com saúde e educação.

A classe trabalhadora brasileira, assim como os empresários do setor produtivo, condena com toda energia a decisão do Copom e reafirma sua luta por mudanças na política econômica, com redução e não aumento das taxas de juros, fim da política de superávit fiscal, controle da taxa de câmbio, bem como do fluxo de capitais e taxação das remessas de lucros.

São Paulo, 2 de abril de 2004

Adílson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil 


 
Fonte: Agência Brasil e CTB via Vermelho

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