terça-feira, 25 de março de 2014

Cuba vai ampliar e melhorar serviços de saúde

O ministério de saúde pública de Cuba mantém o propósito de expandir a qualidade dos serviços de saúde e aumentar a satisfação da população, afirmou o doutor Roberto Morales Ojeda, ministro do setor.

Por Vivian Collazo Montano*


Tudo isso a partir de melhorias na atenção e na solução dos problemas administrativos e logísticos das instituições, bem como a elevação e a eficiência do sistema, disse Morales Ojeda em uma conversa com a imprensa especializada.

Insistiu em que ainda se trabalha para retomar os conceitos fundamentais da medicina familiar, e para isso o país conta com 11.500 consultórios necessários, nos quais se elevou a permanência e estabilidade do médico e da enfermeira, o número de atendimentos realizados a partir do aperfeiçoamento do processo de "dispensação" e da análise da situação de saúde.

Também informou que os grupos básicos de trabalho foram multiplicados e que se intensifica a projeção comunitária das especialidades de atenção secundária, sem substituir o papel do médico de família, que está capacitado para resolver 70 por cento dos problemas sanitários da comunidade, explicou.

Recordou que Cuba assume o desafio de contar com 18,3 por cento de sua população acima de 60 anos, e o aumento dos casos de câncer, que fazem dessa doença a primeira causa de morte no país, acima das cardiovasculares.

Destacou que o confronto às enfermidades crônicas não transmissíveis e as epidemias são prioridades do ministério, bem como o resgate do método clínico, que contribuiu para diminuir gastos desnecessários e reduzir as indicações parciais de diagnósticos, mantendo os indicadores de saúde.

Além disso, explicou que uma elevada porcentagem dos ingressos do país corresponde aos serviços médicos, seja por atendimentos a pacientes estrangeiros ou por brigadas médicas no exterior.

Enfatizou que atualmente mais de 50 mil colaboradores da saúde prestam serviço em 66 países. No programa Mais Médicos, no Brasil, já estão trabalhando mais de nove mil profissionais, número que aumentará nas próximas semanas, até chegar a 11.430.

Explicou que as solicitações de equipes de médicos cubanos crescem em todo mundo, e já se desenvolvem projetos em países como Portugal, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes, compromissos que a ilha cumprirá mantendo a cobertura sanitária no arquipélago, com 586 mil trabalhadores do setor.

Afirmou que Cuba tem o número mais alto de médicos por habitantes (7,2 médicos por cada mil habitantes), e atualmente um elevado número de residentes estudando em suas salas de aula, 19 mil de diferentes especialidades, 17 mil cidadãos nacionais. A formação de especialistas é fundamental para dar resposta às necessidades, acrescentou.

Também antecipou que neste ano serão introduzidas novas tecnologias em diversas instituições, como é o caso do laboratório de ablação cardíaca que será instalado no Instituto de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular, e parte do orçamento da saúde será destinada a melhorar e renovar outras técnicas antigas ou em desuso.

Colunista da Agência Prensa Latina via Vermelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário