sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Maduro instala Comando Nacional Antigolpe na Venezuela

Manifestantes opositores fazem barricadas na Praça Altamira em Caracas
Crédito Reuters

O chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, instalou oficialmente ontem, quinta-feira (20) o Comando Nacional Antigolpe, instância que será presidida pelo chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e cuja função será “revisar e reverter os planos golpistas e fascistas” que, segundo o governo, são promovidos por setores radicais da direita e financiados pelos Estados Unidos.


Maduro fez o anúncio no Palácio de Miraflores, sede do governo, em Caracas. O presidente venezuelano pediu que a população “assuma o desafio de combater a violência fascista”, formando também Comandos Populares Antigolpe. Ele afirmou ainda que “para derrotar a direita” é necessário utilizar “toda a força do Poder Popular que respalda a Revolução Bolivariana e Socialista” na Venezuela.

O mandatário assegurou que as ações violentas formam parte de “um plano para atacar o transporte público, a energia elétrica, as telecomunicações, as ruas e o abastecimento”. Ele disse também que a ênfase dos ataques são os estados de Táchira e Zulia, onde “estão impedindo que cheguem os alimentos necessários”.

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San Cristóbal, capital do estado Táchira, sofre com o desabastecimento e, segundo algumas agências de notícias, com um suposto corte nos serviços de internet e de telefonia celular. O ministro de Energía, Jesse Chacón, disse públicamente que “atos de vandalismo” originaram danos materiais aos bens do Sistema Elétrico Nacional (SEN).

Maduro insistiu que há um plano de golpe de Estado em curso na Venezuela, mas afirmou que “a Revolução bolivariana vai triunfar por meio da Constituição e das leis”. A mesmo tempo, o chefe de Estado instou o diálogo e reiterou que “o governo bolivariano é um governo da rua, de diálogo permanente, popular”.

Por fim, o mandatário fez um chamado aos organismos judicias para que garantam que cada um dos responsáveis pelos atos de violência sejam apresentados diante dos tribunais nacionais.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Telesur e da AVN

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