quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Com Lula, centrais homenageiam trabalhadores que lutaram contra ditadura

As centrais sindicais que compõem o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade homenagearão no próximo sábado (1º), em São Bernardo do Campo, a partir das 13h, sindicalistas vítimas do regime militar. 

Sob o título "Unidos, Jamais Vencidos", o ato será realizado no Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal de São Bernardo, região central da cidade (leia mais abaixo), com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

Cerca de 400 trabalhadores indicados pelas entidades sindicais receberão um diploma em reconhecimento à luta em defesa da democracia e da liberdade. O espaço ainda receberá exposições sobre o período para marcar o repúdio aos 50 anos do golpe militar. As centrais sindicais apresentarão uma carta ao povo brasileiro

O diretor da Associação dos Metalúrgicos Aposentados Anistiados do ABC (AMA-A/ABC), Djalma Bom, aponta que a escolha de São Bernardo se deu pelo simbolismo das lutas e das greves do passado e que o ato tem a missão de mostrar às novas gerações como a repressão também agiu contra o movimento sindical.

"Queremos que essa manifestação seja o pontapé para outros atos que repudiem qualquer tentativa de os ditadores comemorarem os 50 anos do golpe militar. Nosso objetivo também é homenagear os trabalhadores anônimos que participaram da luta e foram demitidos por justa causa, perseguidos, espancados. Além de sensibilizar a juventude, que parece totalmente alheia e não conhece a história de perseguição e repressão aos trabalhadores", disse.

Repressão e mobilização 

De acordo com levantamento da Comissão Estadual da Verdade "Rubens Paiva", de São Paulo, cerca de 50% de todos os mortos e desaparecidos no país eram trabalhadores, o equivalente a 250 pessoas.

Em levantamento das centrais, a ditadura interviu em 400 organizações, somente no primeiro ano após o golpe de 1964 e, ao menos, 300 entidades foram alvo da repressão nos anos seguintes.

Fonte: Luiz Carvalho - CUT via Contraf

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