quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Negro com ensino superior ganha 60% do salário do não negro, diz Dieese

Para analisar a persistência da situação desvantajosa vivenciada pelos negros nos mercados de trabalho mais dinâmicos do país, o DIEESE preparou um estudo com base em dados apurados pelo Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (SPED) que retrata o desequilíbrio existente na valoração do trabalho entre os grupos de cor da força de trabalho ocupada.

O estudo "Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos", que será apresentado nesta quarta-feira (13), às 10h, na sede do Dieese, em São Paulo, destaca que:

- Nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros;

- A desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia, ou seja, em qualquer perspectiva, os negros ganham menos do que os brancos;

- À medida que acrescentam anos de estudo a sua formação, pretos e pardos melhoram suas condições de remuneração, mas é nos patamares de maior escolaridade que se constatam as discrepâncias mais acentuadas de rendimentos entre negros e não negros;

- Na indústria metropolitana, o confronto de rendimentos-hora de trabalhadores com ensino superior completo indica que, em média, os ganhos dos negros ficam em R$ 17,39, enquanto os dos não negros ficam na ordem de R$ 29,03.

- Os negros ocupam os grupos ocupacionais de menor prestígio e valorização: Na RMSP, enquanto 18, 1% dos ocupados não negros alcançam cargos de Direção e Planejamento, apenas 3,7% dos negros chegam lá.
Fonte: Viomundo via Feeb-Ba-Se

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