Segundo os autores do estudo, o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e Democracia do Ipea, Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, da Fundação Getulio Vargas “o componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”.
De acordo com eles, “o racismo é um caso particular de discriminação em que o indivíduo, por sua cor da pele (ou raça), pode sofrer tratamentos diferenciados, no sentido de ter bloqueadas oportunidades sociais e econômicas, ou simplesmente de ser alvo de segregação”.
E justificam essa afirmação com os índices de homicídios pelos quais para cada não negro, 2,4 negros são assassinados no Brasil. Segundo os autores, esses dados se explicam pela marginalização sofrida pelos negros brasileiros desde o processo de Abolição quando “foram largados à própria sorte”, dizem.
O levantamento mostra que entre os 10% mais pobres há 11,66% de negros e 5,41% de não negros. Já entre os 10% mais ricos os números se invertem. Os negros são 6,8% enquanto os não negros somam 17,82% nessa faixa econômica. Pelo estudo Alagoas tem a amior proporção de negros assassinados em compração com os não negros. Acompanhe abaixo o gráfico com todos os estados brasileiros.
A nota do Ipea se soma a diversos outros levantamentos para propiciar o entendimento do racismo praticado no Brasil, forjado cultural e ideologicamente para justificar a escravidão e posteriormente a exclusão desse contingente da população brasileira.
Leia a aqui íntegra da Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasil.
Fonte: Portal CTB via Feeb/Ba-Se
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