sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Proletários do mundo: comunicai-vos", diz jornalista cubano

A 21ª Convenção de Solidariedade a Cuba está acontecendo em Foz do Iguaçu e conta com a participação de diversos movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e meios independentes de comunicação. O jornalista cubano Iroel Sanchez palestrou na quinta-feira (13) e alertou os participantes sobre a importância de se produzir conteúdos alternativos à mídia tradicional. 

Mariana Serafini, de Foz do Iguaçu, especial para o Vermelho


Sanchez vive e trabalha com comunicação em Cuba, ele falou sobre as dificuldades de enfrentar os Estados Unidos em seus boicotes midiáticos e a demonização feita pela mídia com relação à Revolução Cubana. O processo de dominação da América Latina não passa apenas pela estrutura bélica, a comunicação é fundamental e utilizada com mestria pelos Estados Unidos. 

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É comum no Brasil abrir jornais ou portais de notícia da mídia tradicional e encontrar expressões como “A ilha de Fidel” ou “O ditador de Cuba”. O jornalista cubano alerta sobre a importância de se lutar contra essas práticas através da mídia independente. E denuncia “Cuba é um país censurado!”. 

O melhor sistema de saúde do mundo, um dos melhores sistemas de educação, pessoas livres para estudarem e trabalharem com apoio do governo Cubano, Iroel questionou se isso parece alguma espécie de ditadura. “Em Cuba somos livres!” 

Uma das formas que os Estados Unidos têm de boicotar a comunicação em Cuba é através dos próprios cubanos. Sanchez falou sobre isso em entrevista ao Portal Vermelho. Segundo ele, o governo Estadunidense investe dinheiro em pessoas que falam mentiras sobre o sistema de Cuba em nome dos cubanos. Um bom exemplo disso é a blogueira Yoani Sanchez que recentemente esteve no Brasil. Ela é dona do blog Geración Y, ao contrário da ideia que vende, não é uma blogueira independente, recebe para o trabalho que faz. 

Iroel Sanchez falou também sobre o acesso da população cubana à internet e outras mídias. Segundo ele, existem grandes canais de TV e rádio, como no Brasil, com a diferença de que são públicos e, ao contrário das terras tupiniquins, em Cuba a mídia não trabalha para a alienação das massas. Porém o acesso à internet ainda é um pouco caro, existem centrais de internet populares em universidades e bibliotecas, por exemplo. Já internet móvel e um serviço que deve chegar em breve e poderá ampliar ainda mais a comunicação do povo cubando com os demais países. 

Iroel alertou sobre a importância de os meios independentes do mundo “falarem a mesma língua”, ou seja, defender e colaborar uns com os outros. Cuba conta, não só com a solidariedade do Brasil, mas também com a batalha midiática que temos estrutura para travar contra os Estados Unidos. 


Fonte: Vermelho

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