sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ensino da história da África é deficiente

As escolas como espaço de aprendizagem têm o dever de ensinar sobre a contribuição dos africanos e dos índios para a formação e desenvolvimento do Brasil. Mas, até o início dos anos 2000 o assunto sequer era discutido.

O ensino era direcionado somente para a Europa branca. O cenário começou a mudar somente a partir de 2003 com a lei 10.639, que prevê o ensino da história da África e cultura afro-brasileira.

A legislação ganhou reforço em 2008, quando o ensino da cultura indígena foi incluído na grade escolar. A iniciativa, que visa corrigir a lacuna da educação no Brasil, sem dúvida alguma é boa. No entanto, tem encontrado grande resistência.

O historiador e professor da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Ricardo Moreno, explica que é fundamental a requalificação dos professores das escolas públicas, para que o aprendizado seja aplicado efetivamente. “Existe uma lacuna do esquecimento na nossa formação. Somos afrodescendentes, mas não conhecemos estes elementos. Só conhecemos a história europeia”. 

De acordo com o Laeser (Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais), menos da metade das escolas de ensino público aplicam a lei de forma devida.  

A pesquisa revela que o Centro-Oeste é o que mais desenvolve ações (83%). Depois aparecem Sudeste (81,9%), Nordeste (67,1%) e Norte (56,4%). Curiosamente, Bahia e Maranhão, estados com maior número de afrodescendentes, estão entre os que menos têm conhecimento sobre a lei. A Bahia está na 17ª e o Maranhão na 10ª. Uma decepção.

Fonte: O Bancário

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