quinta-feira, 6 de junho de 2013

Coreia Popular convida a Coreia do Sul para reaproximação


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Coreia Popular convida a Coreia do Sul para reaproximação bilateral

A República Popular Democrática de Coreia (RPDC) e a Coreia do Sul deram passos alentadores nesta quinta-feira (6) para a aproximação e a reconciliação, o que poderia pôr fim a um longo período de crises e acusações na Península Coreana. A proposta de realizar conversações oficiais foi feita pela RPDC, e a Coreia do Sul aceitou prontamente, para normalizar as operações do complexo industrial de Kaeson e retomar as viagens turísticas pelo Monte Kumgang, na fronteira. 


As conversações preveem um alívio para as graves tensões que prevalecem na península, principalmente pela influência dos EUA na região, potencializada pelo afastamento entre os dois países coreanos.

Bombardeio dos EUA à Coreia Popular,  durante a Guerra da Coreia,
 iniciada em 1950. 
As tropas norte-americanas agiam como aliadas  da Coreia do Sul.

Ambas as partes protagonizaram em meses recentes a pior crise dos últimos anos, agudizada pelos dois lados, com a realização de manobras militares conjuntas entre os EUA e a Coreia do Sul, e com o lançamento de satélites e testes nucleares pela Coreia do Norte (RPDC). Ambos consideraram as ações provocações militares.

Nos exercícios militares foram utilizados modernos armamentos e aeronaves sofisticadas capazes de transportar bombas atômicas, e Pyongyang (sede do governo norte-coreano) considerou essas ações ensaios de um possível ataque nuclear contra a RPDC.

Estas ameaças conduziram à adoção, por Pyongyang, de uma série de medidas de represália, entre elas a retirada da sua representação em Panmunjon (uma vila na fronteira "de facto" entre os dois países, onde foi assinado o armistício de 1953, que finalizou a Guerra da Coreia), o corte da comunicação com Seul (sede do governo sul-coreano) e a suspensão dos trabalhos no complexo industrial de Kaesong, localizado no território norte-coreano, no Paralelo 38 (linha que marcou a divisão da Coreia após a Segunda Guerra Mundial).

Em uma declaração emitida por um porta-voz do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia (CPRK, na sigla em inglês), o governo norte-coreano disse que nesses encontros bilaterais, poderiam também ser abordados temas humanitários e de reunião de familiares separados.



A proposta de Pyongyang se dá na ocasião do 13º aniversário da Declaração Conjunta de 15 de Junho, adotada no término de uma cimeira entre o falecido presidente norte-coreano Kim Jong-Il e o então presidente sul-coreano Kim Dae-Jung, a favor da reunificação pacífica da Península.

Pyongyang também afirmou em seu pronunciamento que assim que recebesse uma resposta das autoridades sul-coreanas, adotaria medidas vinculadas às comunicações e às relações entre as partes, como a abertura do canal da Cruz Vermelha de Panmunjom.

Em Seul, porta-vozes do Ministério de Unificação consideraram positivamente a proposição norte-coreana e expressaram esperanças de que as duas partes possam construir a confiança mútua nesta oportunidade.

Além destes encontros oficiais, a Coreia Popular recomendou a realização de eventos nacionais conjuntos com a assistência de dirigentes dos dois países, para celebrar o aniversário da Declaração Conjunta, em 15 de junho, e o 41º aniversário da Declaração Conjunta de 4 de julho de 1972, quando as partes mantiveram a sua primeira cimeira e concordaram em três princípios para a reunificação: independência, unificação pacífica e grande unidade nacional. 

Na ocasião, as Coreias também concordaram em impulsionar o diálogo bilateral em novos níveis, iniciar intercâmbios e estabelecer uma linha de emergência. A Coreia foi dividida pelos Estados Unidos e pela União Soviética após o fim de 35 anos de domínio do Japão sobre a península, no término da Segunda Guerra Mundial.

Com agências- da redação do Vermelho

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