Novas vozes em várias partes do mundo se somaram neste sábado (12) ao apoio ao Programa Político lançado pelo presidente Bashar Al Assad, que busca concretizar uma solução negociada para a crise na Siria.
O presidente da Comissão de Segurança Nacional Política Externa do Conselho da Shura (Parlamento) do Irã, Alaeddin Boroujerdi, considerou que o programa político de Al Assad vai terminar a crise.
Boroujerdi sublinhou a necessidade de resolver a crise pelos próprios sírios, algo que é apoiado pela maioria da comunidade internacional, apontou, de acordo com um informe da televisão estatal.
Brian Becker, coordenador geral e porta-voz da Aliança Answer uma organização frentista estadunidense contra a guerra e o racismo, assegurou que os grupos opositores armados e os que os apoiam se negam ao diálogo e insistem em continuar aplicando uma política de guerra.
O líder dessa organização – uma coalizão estadunidense que agrupa várias organizações de direitos civis - explicou ao canal Russia Today que a única parte que parece disposta a negociar uma solução é o governo sírio.
A situação no país demonstra, contudo, que apesar do apoio militar que recebe dos Estados Unidos e da Turquia, a oposição armada será incapaz de derrotar o Exército sírio, por sua força, pelo apoio popular que o governo tem e pelo manifesto respaldo da Rússia e da China que impedem que se repita o cenário líbio, afirmou Becker.
Igualmente, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou no sábado em um comunicado que a Declaração de Genebra de 30 de junho passado continua sendo um ponto essencial no momento de resolver a crise na Síria.
Esse documento, aprovado por unanimidade, é indispensável para superar a prolongada crise, deter todas as formas de violência e proporcionar ajuda humanitária aos sírios, incluindo os desalojados e refugiados, precisou o texto.
A nota acrescenta que Moscou continuará apostando em manter consultas e priorizar o diálogo, guiada por seu desejo de alcançar um acordo político na Síria sobre a base da aplicação prática do que foi estipulado em Genebra.
O plano acordado em Genebra pela China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia, a Liga Árabe, a ONU e a União Europeia pede às partes em pugna para que decretem um cessar-fogo, formem um governo de transição, revisem a Constituição e se convoque eleições, sem pedir de antemão a demissão de Bashar al Assad, como exigem países do Ocidente e árabes.
O plano apresentado pelo Executivo sírio no domingo passado (6) se encontra em sintonia com o que foi aprovado em Genebra, e enfatiza a necessidade de preservar a unidade, a soberania e a autodeterminação do povo, sem ingerências estrangeiras, no momento de concretizar qualquer acordo de paz.
Prensa Latina via Vermelho
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