quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Madri: milhares protestam contra a privatização de hospitais


Em Madri correntes humanas contra a privatização de hospitais
Em Madri corrente humana abraça hospital ameaçado de privatização

Milhares de pessoas, muitos deles profissionais da área de saúde, se reuniram na frente dos principais hospitais de Madri para protestar contra os planos do governo regional controlado pelo conservador PP (Partido Popular) de privatizar os estabelecimentos de saúde públicos da comunidade autônoma.


Os manifestantes fizeram uma corrente humana em torno dos estabelecimentos cantando temas como “Saúde não se vende, saúde se defende!”. A campanha, chamada “Abreace seu Hospital” foi organizada pelo movimento “Mesa em Defesa da Saúde Pública”.

Segundo a ativista Magdalena Salcedo, integrante de um sindicato de profissionais da saúde, o objetivo dos protestos é, além de cancelar os planos de terceirização, exigir do governo regional de Madri um projeto para "para tornar possível uma saúde pública mais eficiente".

Magdalena acrescentou que a saúde privada "não é mais barata", e que os protestos contra os ajustes do governo regional não são reivindicações trabalhistas, mas "um sentimento de responsabilidade, de que é preciso defender a saúde pública".

Em frente ao Hospital La Princesa, milhares de pessoas - três mil, segundo os organizadores – deram as mãos e formaram uma corrente de cerca de 500 metros. Também foram registrados protestos semelhantes como La Paz, Gregório Marañón, Alcorcón, Fuenlabrada e o Príncipe das Astúrias, na cidade de Alcalá de Henares.

No entanto, o secretário de Saúde da comunidade madrilena, Javier Fernández-Lasquetty, irnonizou os protestos. Ele “elogiou” as correntes humanas, classificando-as como “demonstrações de carinho” aos centros hospitalares e aos respectivos funcionários.

Segundo Lasquetty, o que o governo da comunidade está fazendo é “precisamente empreender reformas" para proteger o funcionamento dos hospitais na crise. “Como poderemos manter a qualidade da saúde pública se não fizermos reformas para defende-las quando contamos com menos recursos econômicos?”

Os manifestantes pretendem continuar com os protestos na próxima semana, dessa vez em frente à Assembleia regional.


Fonte: Opera Mundi

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