sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Conselho de Segurança condena Israel por novas colônias ilegais


Todos os mecanismos regionais e políticos representados no Conselho de Segurança condenaram nesta quinta-feira (20) a construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos, diante da negativa dos Estados Unidos a adotar um texto a esse respeito.


Depois de uma sessão privada sobre o tema do Oriente Médio e da questão palestina, os embaixadores de todos os países membros desse órgão, à exceção da norte-americana, Susan Encrespe, apareceram perante a imprensa divididos em seus respectivos grupos ou de maneira individual.

O comparecimento mais numeroso foi do Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal), integrado pelos chefes das missões da Guatemala, Índia, Colômbia, Togo, África do Sul, Marrocos, Paquistão e Azerbaijão.

Em uma declaração lida pelo indiano Hardeep Singh Puri, o organismo de 116 Estados denunciou a campanha de Tel Aviv como o maior obstáculo para que as negociações ponham um fim à ocupação israelense e permitam chegar a uma paz duradoura e ampla.

"Essa campanha atenta contra a continuidade, integridade, viabilidade e unidade dos territórios ocupados, inclusive Jerusalém oriental, e a perspectiva de uma solução de dois estados. As colônias são ilegais e causam uma devastação social, econômica e física nos territórios ocupados", agregou.

Assim mesmo, a organização denunciou que Israel desafia de maneira deliberada a reafirmação do apoio da comunidade internacional à Palestina, demonstrada com a recente concessão do status de Estado Observador da ONU.

Os Não Alinhados também exortaram o Conselho de Segurança a assumir suas responsabilidades, entre elas a relacionada com o conflito israelense palestino.

Além disso, os embaixadores do chamado grupo Brics (Índia, Rússia, Brasil e África do Sul) emitiram outro pronunciamento rejeitando a intensificação da campanha de Israel nos territórios ocupados.

Por sua vez, os chefes das missões diplomáticas do Reino Unido, Alemanha, França e Portugal divulgaram outra declaração de condenação à construção das colônias, em nome da União Europeia.

De maneira individual também compareceram o representante permanente da Rússia, Vitaly Tchurkin, e o chinês Wang Min, que repudiaram a crescente construção de colônias israelenses nos territórios palestinos, inclusive em Jerusalém oriental.

O mesmo foi feito pelo embaixador do Estado observador de Palestina, Ryad Mansour, que destacou a postura dos 14 membros do Conselho de Segurança e dos mecanismos e grupos aos quais pertencem perante as ações de Israel.

O diplomata recordou que até em Washington se escutaram críticas aos assentamentos israelenses, o que demonstra a unanimidade existente dentro da comunidade internacional diante dessa política de Telavive.

Mansour convocou o governo de Israel a "não destruir a última possibilidade de abrir as portas para uma solução de dois estados".

"Se continuam a trilhar esse caminho ilegal e provocativo serão os únicos condenados pela destruição do esforço coletivo para tratar de salvar uma solução ao conflito", advertiu.

Com informações da Prensa Latina via Vermelho

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