terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tecnologia de ponta, mas poucos bancários


Atendimento feito por robô, com direito a emissão de sons, alteração de expressão facial e tela interativa. É assim que funcionam as “agências bancárias” do Bradesco e Itaú, inauguradas recentemente em shoppings de luxo de São Paulo. 

Muito distante do objetivo de ampliar a bancarização, as unidades, que vem ser ampliadas para o restante do país, discriminam e afastam os clientes com menor renda. Os espaços, que mais parecem lojas de telefonia móvel, apostam em tecnologias e venda de produtos. O objetivo seria familiarizar os clientes com o uso de ferramentas como iphones e ipads para algumas operações.

Fora o absurdo e a inversão de prioridades, este tipo de local não condiz com a real função de um banco, que tem de cumprir o papel social. Os correntistas priorizam a relação humana. Estudo feito pela Cisco reitera e mostra que 81% das pessoas de países emergentes e 56% nos desenvolvidos não gostam das máquinas e preferem receber atendimento personalizado e assessoria financeira. 

Fica claro que se há dinheiro para abertura deste tipo de estabelecimento, há também verba para investir na inauguração de unidades, a fim de atender melhor a população, além da contratação de mais funcionários para reduzir a sobrecarga de trabalho, melhores salários, PLR justa e segurança.

Fonte: O Bancário

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