Um estilo áspero e seco, em que a linguagem se reduz ao esqueleto da expressão verbal, é a marca que distingue os romances de Adonias Filho. Seu universo ficcional tem invariavelmente como palco a região cacaueira do sul da Bahia, dando vida e cor a personagens relacionados com a cultura do cacau.
Adonias Aguiar Filho nasceu em Itajuípe BA em 27 de novembro de 1915. Filho de fazendeiros, estudou em sua terra natal e Salvador. Em 1936 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi colaborador de vários jornais (A Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Letras), atuando sobretudo como crítico literário. Foi diretor do Instituto Nacional do Livro (1954-1955), do Serviço Nacional de Teatro (1954 e 1956), da Biblioteca Nacional (1961) e da Agência Nacional (1964).
Entre seus livros mais conhecidos estão os romances Os servos da morte (1946), Memórias de Lázaro (1952), Corpo vivo (1962), O forte (1965) e os ensaios literários de Modernos ficcionistas brasileiros (1958). Entre outros autores traduziu William Faulkner, Virginia Woolf e Graham Greene.
Em 1964 foi eleito para a cadeira no 21 da Academia Brasileira de Letras, antes ocupada por Álvaro Moreira. Em 1972 assumiu a presidência da Associação Brasileira de Imprensa.
Adonias Filho morreu em 2 de agosto de 1990 em Itajuípe, na Bahia.
Fonte: http://www.netsaber.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário