domingo, 26 de agosto de 2012

Bancários analisam as fragilidades do Sistema Financeiro Nacional


Chegou ao fim o debate sobre sistema financeiro nacional, realizado nesta sexta e sábado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), junto à Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e o Sindicato dos Bancários da Bahia, em Salvador. Durante os dois dias, os bancários discutiram sobre as mudanças necessárias para que o setor seja ideal ou pelo menos se aproxime.

A categoria entende que essas intervenções estão muito distantes da realidade e que é preciso união dos trabalhadores da área e da sociedade. Ao mesmo tempo, os bancários ressaltam a importância da realização dos debates, para poder avaliar a situação em que se encontra o país. “Este é um momento adequando, pois estamos em meio à campanha salarial, quando a categoria está em busca de melhorias”, afirma Arlesen Tadeu, do Sindicato do Rio de Janeiro.

Para Robson dos Santos, também representante do Rio de Janeiro no seminário, as colocações dos palestrantes foram muito esclarecedoras e serviram para os bancários entenderam melhor como o sistema financeiro funciona. Um dos exemplos citados pelo sindicalista foi a comparação entre as realidades da China e do Brasil.

Outros destaques foram segurança, já que o índice de assaltos a bancos seguidos de morte tem crescido assustadoramente em todo o país, necessidade do cumprimento das leis existentes e de ações concretas dos trabalhadores do setor e da sociedade em geral para que isso se concretize, a ditadura dos bancos, que mandam e desmandam, além da capacitação dos sindicalistas, aprofundando o conhecimento no sistema financeiro, e ampla participação nas discussões propostas sobre os temas mais polêmicos. “É preciso perceber que os bancos, de fato, maquiam a realidade e vivem enganando bancários e clientes à base de truques”, fala o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, lembrando do tema da campanha salarial deste ano.

Para José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, as discussões durante os dois dias do evento são altamente pretensiosas e têm o objetivo de pensar em mexer no papel do Estado. “Quem é que legisla sobre o sistema financeiro?”, pergunta. “O próprio Banco Central. E os governos, anos e anos, ficam na moita. Os trabalhadores têm uma posição atrasada. Precisamos sair da posição de dominados”.

Participaram dos debates centenas de bancários da Bahia e Sergipe, Santa Catarina, Goiás, Paraná, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Sul. Para o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, a ampliação da participação dos estados é uma vitória para a categoria.
Fonte: O Bancário

Nenhum comentário:

Postar um comentário