A presidenta Dilma Rousseff participou, em Salvador na quinta-feira (22), da manifestação contra o governo Temer e pela preservação de direitos, puxada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ao lado da candidata a prefeita do PCdoB, Alice Portugal. O ato, que mobilizou cerca de 100 mil pessoas pelo centro da capital baiana, integra a agenda do Dia Nacional de Paralisações, que representa o pontapé inicial para a construção de uma greve geral no país.
A passeata foi encerrada no início da noite, com a concentração dos manifestantes na Praça Castro Alves, onde foi realizado um ato político. Em cima de um trio elétrico, Dilma fez um discurso de cerca de meia hora, em que fez duras críticas ao consórcio construído no Brasil para promover o golpe em seu mandato. Para ela, a intenção do pacto é de retirar direitos sociais do povo e abafar o combate à corrupção.
Prisão de Mantega
Na oportunidade, a presidenta cassada também condenou a prisão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo juiz Sérgio Moro, na 34ª fase da Lava Jato. “O Mantega tem moradia conhecida. É uma pessoa que tem uma mulher dentro de um hospital, tratando de um câncer. A pergunta é: por que prenderam? A resposta é: para influenciar na campanha eleitoral. Lamentamos profundamente esse fato”, disse.
Para Dilma, a prova de que a tentativa é de influenciar nas eleições é a seletividade na condução das investigações e nas notícias. “Tem gente fazendo investigação seletiva e tem gente fazendo notícia seletiva.”
Eleições
Dilma também ironizou o adversário de Alice Portugal, o atual prefeito ACM Neto (DEM), que disse ter ajudado a “colocar o metrô a andar”. “Eu aprendi uma palavra do ‘baianês’ que explica bem o que estão fazendo em Salvador em relação ao metrô. A palavra é ponga. Estão querendo pongar nessa obra que só andou com o governador em parceria com o governado federal, em meu mandato.”
Alice Portugal e Moema Gramacho não falaram no ato político por impedimento da legislação eleitoral. Após o ato, Alice participou de um debate na TVE e falou sobre a atividade, que considerou como uma das maiores manifestações da história política de Salvador.
De Salvador - Vermelho - Erikson Walla
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