Os países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)
realizaram neste domingo (19) uma reunião em caráter de urgência a pedido do
Equador diante das ameaças britânicas contra a soberania deste país.
O
foro contou com a presença do secretário-geral do organismo, Ali Rodriguez
Araque, para examinar a situação criada depois da advertência feita pelo Reino
Unido ao Equador sobre a possibilidade de invadir a embaixada do país
sul-americano em Londres para prender Julian Assange.
Os chanceleres da
União de Nações Sul-Americanas, reunidos em Guayaquil, manifestaram
solidariedade ao Equador e pediram às partes que continuem "o diálogo em
busca de uma solução aceitável para os dois países", diz a declaração
conjunta, lida por seu secretário-geral, o venezuelano Ali Rodríguez.
No texto, os
ministros declaram "solidariedade e apoio ao governo do Equador ante a
ameaça de violação da sede de sua missão diplomática", e reiteram "o
direito soberano dos Estados de conceder asilo". Também condenam a
"ameaça de uso da força entre os Estados", e reafirmam "o
princípio do direito internacional de que não se pode invocar o direito interno
para deixar de cumprir uma obrigação do direito internacional".
Alba
Na
véspera, a Alba realizou uma reunião que concluiu com um apoio contundente de
seus Estados-membros ao direito do Equador de conceder asilo ao jornalista
australiano.
Os países da Alba também
rechaçaram o comunicado do Reino Unido enviado a Quito alegando uma lei interna
que contradiz a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, de 1961, e
outros tratados alusivos ao tema.
Ao explicar a
posição de seu país, o presidente Rafael Correa e o chanceler Ricardo Patiño
assinalaram que comprovaram indícios acerca dos temores demonstrados por
Assange da possibilidade de ser enviado aos Estados Unidos para ser julgado por
espionagem.
Correa e Patiño
disseram que durante as negociações se esgotaram todas as alternativas para que
tanto a Suécia como o Reino Unido dessem garantias de que não extraditariam
Assange a um terceiro país.
Patiño considerou
uma torpeza o comunicado britânico em que se esboçou a ideia de entrar na
embaixada equatoriana em Londres e afirmou que seu país saberá responder a
qualquer agressão deste tipo.
O chanceler
equatoriano disse ainda que o Equador está disposto ao diálogo mas sem pressões
nem condicionamentos à soberania.
Foro de São Paulo
Reunido
neste fim de semana na capital paulista, o Grupo de Trabalho do Foro de São
Paulo, articulação de forças de esquerda anti-imperialista na região
latino-americana e caribenha, manifestou apoio e solidariedade ao governo do
Equador e seu presidente, Rafael Correa, no caso da concessão de asilo político
a Julian Assange.
A declaração
aprovada no evento rechaça as ameaças do governo britânico de, a qualquer
custo, submeter Assange à prisão e colocá-lo à disposição dos Estados Unidos.
Os partidos de
esquerda assinalam que é necessário respeitar a extraterritorialidade das
embaixadas e a integridade física de todo o pessoal diplomático. A violação
destes princípios abriria um precedente gravíssimo, ameaçando as bases da
diplomacia, diz o documento, que termina fazendo um apelo a todos os governos para
que solicitem ao governo britânico que conceda o salvo conduto para que Assange
possa viajar ao Equador.
Da
Redação do Vermelho com agências
Os países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)
realizaram neste domingo (19) uma reunião em caráter de urgência a pedido do
Equador diante das ameaças britânicas contra a soberania deste país.
O
foro contou com a presença do secretário-geral do organismo, Ali Rodriguez
Araque, para examinar a situação criada depois da advertência feita pelo Reino
Unido ao Equador sobre a possibilidade de invadir a embaixada do país
sul-americano em Londres para prender Julian Assange.
Os chanceleres da União de Nações Sul-Americanas, reunidos em Guayaquil, manifestaram solidariedade ao Equador e pediram às partes que continuem "o diálogo em busca de uma solução aceitável para os dois países", diz a declaração conjunta, lida por seu secretário-geral, o venezuelano Ali Rodríguez.
No texto, os ministros declaram "solidariedade e apoio ao governo do Equador ante a ameaça de violação da sede de sua missão diplomática", e reiteram "o direito soberano dos Estados de conceder asilo". Também condenam a "ameaça de uso da força entre os Estados", e reafirmam "o princípio do direito internacional de que não se pode invocar o direito interno para deixar de cumprir uma obrigação do direito internacional".
Os chanceleres da União de Nações Sul-Americanas, reunidos em Guayaquil, manifestaram solidariedade ao Equador e pediram às partes que continuem "o diálogo em busca de uma solução aceitável para os dois países", diz a declaração conjunta, lida por seu secretário-geral, o venezuelano Ali Rodríguez.
No texto, os ministros declaram "solidariedade e apoio ao governo do Equador ante a ameaça de violação da sede de sua missão diplomática", e reiteram "o direito soberano dos Estados de conceder asilo". Também condenam a "ameaça de uso da força entre os Estados", e reafirmam "o princípio do direito internacional de que não se pode invocar o direito interno para deixar de cumprir uma obrigação do direito internacional".
Alba
Na
véspera, a Alba realizou uma reunião que concluiu com um apoio contundente de
seus Estados-membros ao direito do Equador de conceder asilo ao jornalista
australiano.
Os países da Alba também rechaçaram o comunicado do Reino Unido enviado a Quito alegando uma lei interna que contradiz a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, de 1961, e outros tratados alusivos ao tema.
Ao explicar a posição de seu país, o presidente Rafael Correa e o chanceler Ricardo Patiño assinalaram que comprovaram indícios acerca dos temores demonstrados por Assange da possibilidade de ser enviado aos Estados Unidos para ser julgado por espionagem.
Correa e Patiño disseram que durante as negociações se esgotaram todas as alternativas para que tanto a Suécia como o Reino Unido dessem garantias de que não extraditariam Assange a um terceiro país.
Patiño considerou uma torpeza o comunicado britânico em que se esboçou a ideia de entrar na embaixada equatoriana em Londres e afirmou que seu país saberá responder a qualquer agressão deste tipo.
O chanceler equatoriano disse ainda que o Equador está disposto ao diálogo mas sem pressões nem condicionamentos à soberania.
Os países da Alba também rechaçaram o comunicado do Reino Unido enviado a Quito alegando uma lei interna que contradiz a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, de 1961, e outros tratados alusivos ao tema.
Ao explicar a posição de seu país, o presidente Rafael Correa e o chanceler Ricardo Patiño assinalaram que comprovaram indícios acerca dos temores demonstrados por Assange da possibilidade de ser enviado aos Estados Unidos para ser julgado por espionagem.
Correa e Patiño disseram que durante as negociações se esgotaram todas as alternativas para que tanto a Suécia como o Reino Unido dessem garantias de que não extraditariam Assange a um terceiro país.
Patiño considerou uma torpeza o comunicado britânico em que se esboçou a ideia de entrar na embaixada equatoriana em Londres e afirmou que seu país saberá responder a qualquer agressão deste tipo.
O chanceler equatoriano disse ainda que o Equador está disposto ao diálogo mas sem pressões nem condicionamentos à soberania.
Foro de São Paulo
Reunido
neste fim de semana na capital paulista, o Grupo de Trabalho do Foro de São
Paulo, articulação de forças de esquerda anti-imperialista na região
latino-americana e caribenha, manifestou apoio e solidariedade ao governo do
Equador e seu presidente, Rafael Correa, no caso da concessão de asilo político
a Julian Assange.
A declaração aprovada no evento rechaça as ameaças do governo britânico de, a qualquer custo, submeter Assange à prisão e colocá-lo à disposição dos Estados Unidos.
Os partidos de esquerda assinalam que é necessário respeitar a extraterritorialidade das embaixadas e a integridade física de todo o pessoal diplomático. A violação destes princípios abriria um precedente gravíssimo, ameaçando as bases da diplomacia, diz o documento, que termina fazendo um apelo a todos os governos para que solicitem ao governo britânico que conceda o salvo conduto para que Assange possa viajar ao Equador.
A declaração aprovada no evento rechaça as ameaças do governo britânico de, a qualquer custo, submeter Assange à prisão e colocá-lo à disposição dos Estados Unidos.
Os partidos de esquerda assinalam que é necessário respeitar a extraterritorialidade das embaixadas e a integridade física de todo o pessoal diplomático. A violação destes princípios abriria um precedente gravíssimo, ameaçando as bases da diplomacia, diz o documento, que termina fazendo um apelo a todos os governos para que solicitem ao governo britânico que conceda o salvo conduto para que Assange possa viajar ao Equador.
Da
Redação do Vermelho com agências

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