O encerramento da 5ª Marcha das Margaridas, realizada ontem, quarta-feira (12), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, se transformou num grande ato em defesa da democracia e em apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff, presente no evento.
E acrescentou: “Estamos juntas, sim, com a presidente Dilma porque este governo nos representa. A ameaça que nós vemos está no Congresso Nacional, que não ouve as vozes do povo desse pais”.
A afirmação de Alessandra foi acompanhada por diversos coros entoados pela multidão que lotou o estádio, como “Fora Cunha!” e “Teve Copa, e teve tudo, só não vai ter terceiro turno”.
O presidente da Contag, Alberto Broch, foi o primeiro a discursar. Ele destacou a importância de se aceitar a decisão das urnas e respeitar a democracia. “Nós somos contra aqueles que querem o regresso desse país. Reafirmamos a democracia para que nosso país seja cada vez mais justo. Que o campo seja cada mais justo, mais igualitário, para que possamos produzir alimento, produzir cultura e produzir a vida”, defendeu.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, qualificou Dilma como uma mulher valente que “soube enfrentar o regime de repressão”.
“Esta é uma marcha de mulheres resistentes. A mulher que está no palco enfrenta resistências e soube enfrentar regime de repressão. A resistência de quem não se dobra a vozes autoritárias que visam ao enfraquecimento da democracia e não respeita a vontade soberana do povo. Esta mulher, forte e resistente de coração valente, recebe aqui milhares de mulheres igualmente resistentes”, afirmou.
Margarida coração valente
Acompanhada por vários ministros, como Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Renato Janine (Educação), Carlos Gabas (Previdência), e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Dilma foi aplaudida de pé pelo estádio ao ser anunciada como "Margarida de coração valente".
"Quero mais uma vez reafirmar a nossa parceria e me somar a vocês nessa mobilização por justiça, por autonomia, por igualdade, liberdade, democracia e não ao retrocesso", enfatizou Dilma.
A presidenta destacou os avanços conquistado nos últimos anos, como a política agroecológica que, segundo ela, foi implantada graças a demanda apresentada pelas trabalhadoras. Ela se comprometeu também em atender demandas atuais como medidas de combate à violência e atendimento a grávidas. “Em parceria com vocês, mulheres de todo o Brasil, o governo federal irá implementar as patrulhas rurais Maria da Penha. Faremos parcerias com as forças policiais que atuam em nível local pra que a mulher vítima de violência seja assistida de maneira correta e haja de fato prevenção da violência”, garantiu.
Ao encerrar, Dilma citou trecho da música de Lenine, "Envergo mas não quebro". "Em noite, eu vou traduzir 'em tarde', assim como esta: ‘Eu cantando numa festa, ergo o meu copo e celebro os bons momentos da vida. E nos maus tempos da lida, eu envergo, mas não quebro’. Nós podemos envergar, Margaridas, mas nós não quebramos. Nós seguimos em frente".
Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações da NBR
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