Aconteceu ontem, segunda-feira (15), no teatro Casagrande, ato de artistas e intelectuais em apoio à reeleição de Dilma Rousseff. Participaram do evento personalidades como Leonardo Boff, Chico César e Marilena Chauí, além de Elza Soares, Otto, Alcione e Beth Carvalho. Do lado de fora, mais de mil pessoas acompanharam o evento.
Evento em apoio à reeleição de Dilma lotou o auditório Casagrande, no Rio de Janeiro, na segunda (15).
Dentre os que discursaram, estava a filósofa Marilena Chauí: “Estas eleições estão polarizadas de uma maneira que convoca a nós, intelectuais, artistas, cientistas, estudantes, para uma tarefa profunda e intensa. A polarização se dá entre um caminho com um rumo seguro, certeiro, do começo do seu percurso até agora, e o risco de uma aventura regressiva. Não é apenas uma regressão, é a aventura. Não posso compreender como alguém que diz que não gosta de política possa aspirar ao posto político mais alto da República”.Pré-sal e cultura
A presidenta Dilma agradeceu o apoio e destacou: “Não vamos voltar para trás, e faremos isso investindo em educação qualificada, para todos, e colocando a cultura dentro da nossa estratégia de crescimento e desenvolvimento econômico. Não queremos só obras, queremos utopias. Não queremos só vantagens materiais, queremos nos compreender. Vamos colocar a cultura dentro da nossa estratégia de crescimento econômico”.
Tia Surica da Portela e Alcione com Dilma. |
Dilma ressaltou que o ”pessimismo militante” de alguns setores, principalmente da grande mídia, evidencia-se no relativo desconhecimento sobre a riqueza representada pelo pré-sal. Esse “pessimismo” tem causa e se originou na defesa de Lula de um marco regulatório para o setor de comunicação no país.
“Hoje o nível de consciência que o Brasil tem sobre o petróleo que sai do pré-sal é muito baixo, até por conta da desinformação sistemática e do pessimismo militante que viceja e, a gente sabe, é característico da forma como se transmitem as informações na imprensa brasileira”, pontuou Dilma.
A presidenta também manifestou o desconforto com a cobertura da mídia na investigação de casos de corrupção, destacando que “o que é errado no Brasil é a exposição desnecessária de pessoas sem se ter certeza da culpa”.
Marco regulatório da comunicação
O ex-presidente Lula também fez duras críticas à cobertura política feita pela imprensa. “Antigamente, os jornalistas perguntavam pra gente responder; hoje, eles respondem pra gente perguntar! Com isso, assistimos a uma crescente falta de respeito, falta de ética e de responsabilidade do papel do jornalista. A verdade é que a imprensa começa a perder o respeito a partir do momento em que ela deixa de falar a verdade”, argumentou Lula.
Lula enfatizou a necessidade de uma reforma política |
Lula rebateu a proposta de Marina Silva de “nova política” também defendeu a realização de uma reforma política. “É necessário fazer reforma política como condição política pra gente fazer as reformas básicas. E não é negando a política que se faz a reforma política. É fazendo política – mas, por favor, não me façam mais partido laranja! É preciso criar partidos com bases sólidas. E não é possível falar em nova política sem dizer como, onde e com quem! Porque foi assim que este país já elegeu uma vassoura e um caçador de marajás”.
A deputada federal Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara e autora da Lei Cultura Viva, também participou do evento. "O grande ato dos artistas com a Dilma selou o enorme apoio que o setor cultural, a intelectualidade e os movimentos sociais dão à sua reeleição. É hora de fazer muito mais na cultura", enfatizou a deputada nas redes sociais.
Vermelho - Com informações de agências
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