quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Assédio moral aterroriza os bancários

Direto do Seeb-Bahia

Mal começou o ano de 2014 e os casos de assédio moral não param. No Sindicato da Bahia, somente em janeiro, o Bradesco já registra 16 ocorrências, fora as que ainda não foram repassadas. Itaú e Safra completam a lista dos bancos privados mais denunciados. Entre os públicos, destaque para o Banco do Brasil e a Caixa. 
 
Os portadores de necessidades especiais sofrem ainda mais, mesmo com bom desempenho. É o caso de uma bancária da região Iguatemi/Tancredo Neves, que este ano completa 10 anos de trabalho e há mais de oito é portadora de LER/Dort. “Acumulei trabalho dos colegas demitidos, dos superiores e precisava abrir contas, digitalizar documentos e fazer relatórios”, afirma. 
 
Mesmo depois de solicitar ajuda e ficar doente, não foi ouvida pelos gerentes. Após idas ao médico e sessões de fisioterapia, foi informada que seria preciso fazer cirurgia “e o banco não quis permitir mesmo após perícia do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Precisei entrar com ação judicial para conseguir liberação”. A cirurgia aconteceu em 2013 e desde dezembro a bancária não recebe salário da empresa. 
 
O pior, para a funcionária, é a discriminação uma vez que “nós, deficientes, conseguimos fazer as mesmas coisas que uma pessoa não portadora de necessidades especiais, só que de forma diferente”.
 
O diretor de saúde do SBBA, Reinaldo Martins, pontua que o assédio moral acontece em duas esferas. A primeira é fruto da própria organização financeira e a segunda decorre das relações hierárquicas. O assédio moral é crescente, mas o registro de casos não reflete a realidade. Por isto, o bancário precisa denunciar e ajudar no combate à prática. 

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